A sucessão no cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), gerada pela renúncia de Dominique Strauss-Kahn, provoca reações entre os países emergentes.
Os líderes (no caso do Brasil, a líder) dos cinco países emergentes que, com a adesão da África do Sul, hoje compõem os Brics reuniram-se em Sanya, na China, em 14 de abril último. A entrada da África do Sul é bem-vinda por trazer a África para esse grupo, cuja crescente importância no cenário internacional já não é mais contestada.
Por Celso Amorim, na CartaCapital
Só deu China na imprensa brasileira nos últimos dias. A presidente Dilma Rousseff esteve lá durante quase toda a semana passada e, logo depois, veio o Grande Prêmio de Fórmula 1 de Xangai.
Por Pedro Cafardo*
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda (18) que o Brasil alcançou os principais objetivos durante a visita à China na semana passada. Segundo ela, o país conseguiu abrir as portas para que mais produtos brasileiros tenham entrada garantida no país oriental. “A viagem foi bastante proveitosa”, disse.
A proposta de fortalecer a cooperação financeira entre os bancos de desenvolvimento do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) contida no plano de ação da “Declaração de Sanya” começa a surtir efeito. O BNDES divulgou informação sobre assinatura de acordo para cooperações financeiras pelos presidentes dos bancos de desenvolvimentos dos cinco países. Segundo a assessoria do banco brasileiro a “iniciativa ampliará investimentos e comércio entre potências emergentes”.
A presidente Dilma Rousseff e os demais chefes de Estado dos países que compõem o Brics – Rússia, Índia, China e, partir de agora, África do Sul – defenderam, nesta quinta (14), mudanças no sistema monetário internacional, no sentido de torná-lo estável, confiável, com ampla base internacional de reserva. Também insistiram na necessidade de deixar a ONU "mais efetiva, eficiente e representativa", para que possa "tratar os desafios globais atuais com maior êxito".
Líderes de cinco das maiores economias emergentes do mundo, reunidos em uma cúpula nesta quinta-feira (13), vão rejeitar o uso da força no Oriente Médio e na Líbia, pedindo em lugar disso o diálogo e a não intervenção, segundo um rascunho de declaração que está sendo preparada pelos países.
O grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China (denominado Bric) convidou nesta sexta-feira (24/12) formalmente a África do Sul a se juntar como membro de pleno direito para trabalhar conjuntamente no desenvolvimento mútuo.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o Reitor da PUC-RJ, Padre Josafá Carlos de Siqueira, inauguraram no dia 10, na Casa Affonso Arinos, em Botafogo, o primeiro Centro de Estudos e Pesquisas dos Países Membros do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
A sustentabilidade deve ser a prioridade para o Brasil se destacar internacionalmente entre os países do Bric (que inclui também Rússia, Índia e China). É o que afirma o professor e mestre em engenharia de produção, com ênfase em logística ambiental, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Rogério Valle.
"Países como o Brasil, a China, a África do Sul e alguns outros são hoje 'os garotos novos na vizinhança'" das relações mundiais, compara o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em artigo publicado no New York Times (Estados Unidos) e Le Figaro (França). O ministro cobra que as "potências tradicionais" escutem o que eles dizem, inclusive a Declaração de Teerã. Veja a íntegra.
Neste artigo, publicado originalmente em seu blog, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, fala sobre a visão da revista The Economist sobre a ascensão de Brasil, Rússia, Índia e China no cenário internacional. “Seus editores voltam à carga para criticar as reuniões dos Brics, com os argumentos já sobejamente utilizados pela grande mídia brasileira, demonstrando a identidade entre eles”