A crise de legitimidade aprofundada desde 2008 gera dúvidas sobre o sistema até entre os conservadores.
Na nova onda neoliberal, não se aceita mais a política de conciliação com o trabalho. O Consenso de Washington nunca esteve tão em voga.
Por João Sicsú*
Para o juiz e doutor em Direito Rubens Casara, elementos do fascismo contribuem para formar um pensamento homogêneo que elimina a diferença, só admitida "se puder ser transformada em mercadoria"
A expansão do mercado interno de consumo de massa é um dos vetores do crescimento econômico. No período recente, a renda das famílias cresceu em decorrência da geração de empregos e das transferências de renda da Seguridade Social.
Por Eduardo Fagnani*
Para Wolfgang Streeck, um dos grandes sociólogos contemporâneos, sistema tornou-se frágil ao eliminar adversários que o obrigavam a se reformar. Mas não há, ainda, projeto alternativo — por isso, virão tempos tensos…
Entre as grandes transformações regressivas das ultimas décadas no mundo está a passagem da hegemonia de um modelo de bem-estar social à de um modelo liberal de mercado. No primeiro o Estado assumia a garantia de direitos da população, na segunda o Estado se retira e deixa o mercado promover a guerra de todos contra todos.
Por Emir Sader
A despeito de haver liberdade formal, a realidade é que herança do Apartheid continua a dominar sociedade sul-africana.
Phakamile Hlubi*
Para o economista grego Costas Lapavitsas, eleito deputado pelo Syriza em 2015, o anticapitalismo hoje é insuficiente e a esquerda precisa se levantar.
Por Ana Luíza Matos de Oliveira e Paula Quental
A construção de Marx é uma catedral. Ele não persegue propriamente a crise do capitalismo como objeto em si, mas sim a dinâmica endógena desse sistema, dentro da qual as crises têm um papel fundamental. A regra metodológica materialista que ele adota em O Capital consiste em tomar o capitalismo tal como ele existe, já com todas as suas formas, e voltar para trás. É preciso ter essa regra em mente para entender que o modo de investigação e o modo de exposição são diferentes na obra de Marx.
“A luta indígena é também a luta por uma nova sociedade que já carregamos naturalmente em nossos corpos, anga (alma) e resistência. É o que podemos oferecer aos movimentos sociais”
Por Casé Angatu*, em Outras Palavras
As crises econômicas do capitalismo são cíclicas e inevitáveis. Elas podem ser compensadas, neutralizadas temporariamente, mas não refreadas em definitivo. As crise cíclicas são úteis para purgação e depuração dos capitais. Aqueles que conseguem atravessar os períodos mais duros da crise, adquirem musculatura e, no ciclo de retomada da produção e da lucratividade, saem embalados, na frente da concorrência.
O Brasil é um país que se precipita na decadência sem experimentar a civilização.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo*