Homenageado pela escola, o sambista, ao final do desfile em São Paulo, foi transferido direto do carro alegórico para o estúdio da emissora para conceder entrevista: “Infelizmente nós temos uma rede nacional no Brasil que monopoliza tudo, monopoliza inclusive a cultura brasileira, a política brasileira”, disse um integrante.
Não se trata de Carnaval “politicamente correto”, forçar a barra é um imperdoável gesto, além de incompetência na festa.
O carnaval brasilero espalha alegria por todo o país, mas na hora de contar os ganhos o faturamento é concentrado. Ao todo, R$ 6,25 bilhões devem ser injetados na economia, se confirmada a previsão da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Já o Ministério do Turismo estima que a festa envolva 11 milhões de turistas, entre os quais 400 mil estrangeiros. Todo essa movimentação, entretando, é concentrada em apenas seis estados, que faturarão 83% dos recursos gerados pelo carnaval.
Certa vez, o poetinha Vinícius de Moraes disse que “São Paulo é o túmulo do samba!”. A famosa frase contribuiu, durante muito tempo, para a construção de uma imagem de São Paulo como um dos poucos lugares do país onde o gênero não havia fincado raízes. Na época, percorrendo os barracões das escolas de samba e conhecendo as comunidades, considerei que o samba paulista merecia uma retratação e, com todo respeito ao poeta, gravei “Me Perdoa Poeta”.
Criado como símbolo de resistência, o Maracatu Feminino de Baque Solto Coração Nazareno tem uma tropa exclusivamente de mulheres. Todas as canções, letras, trajes, eventos e decisões são definidos por elas. Com 14 anos de atividades, o grupo foi pioneiro em quebrar a tradição do maracatu comandado por homens e até hoje é o único do Brasil com formação 100% feminina.
O É Cena, canal e projeto da atriz Fernanda Brandão e de seu companheiro Rafael Procópio, publicou um vídeo que faz uma releitura da música de enorme sucesso "Vai Malandra", da Anitta. Na paródia, a letra foi modificada para denúnciar o assédio que as mulheres sofrem no Carnaval- e lembra que o assédio começa depois do "não"
Recife, fevereiro de 1909. Na secção Cavaco do Jornal Pequeno do dia 24, as palavras pareciam pular da página: “Frevo, palavra magnética, capaz de por em vibração contínua o universo inteiro”. Os dizeres levavam a assinatura de um certo Jota, jornalista. Não seria a primeira vez que a palavra FREVO ganharia as páginas dos jornais – e muito menos a última -, mas com certeza foi a melhor definição já publicada em letras pretas e fundo branco.
Por Paula Melo
Carnaval rima com política? Talvez não na simetria da nossa língua pátria, mas decerto na sua essência. Porque o Carnaval lida com liberdade, desejo, democracia e, também, com fantasia, sonhos, utopia – combustíveis para qualquer atitude política.
Por Luciana Veras
Carnaval rima com política? Talvez não na simetria da nossa língua pátria, mas decerto na sua essência. Porque o Carnaval lida com liberdade, desejo, democracia e, também, com fantasia, sonhos, utopia – combustíveis para qualquer atitude política.
Por Luciana Veras
O carnaval está começando, e, de norte a sul do país, as mulheres acreditam que o respeito é a alegoria principal. Em 2018, as foliãs querem um carnaval sem puxão de cabelo, sem aperto no braço e sem beijo forçado, por isso, campanhas contra o assédio são fundamentais para fazer da folia um lugar seguro para todas.
Letras vão de críticas às reformas de Temer a protestos contra os prefeitos Marcelo Crivella, do Rio, e João Doria, de São Paulo
O carnaval é uma das principais festas do calendário brasileiro e canta todos os anos – em maior ou menor escala – a realidade do povo. O feriado, de origem cristã, é famoso pela diversidade de culturas marcada por muito brilho, cor e folia.