O promotor Silvio Antonio Marques, do Ministério Público de São Paulo, abriu inquérito civil para apurar suposta omissão do ex-governador do Estado de São Paulo, José Serra, na gestão de 2007 a 2010, em coibir a ação do cartel do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Um documento apreendido na sede da Alstom, na França, indicam que a empresa distribui propina para obter, em 1998, um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época) na gestão de Mário Covas (PSDB) do governo de São Paulo.
O jornal O Estado de S.Paulo publicou nesta sexta-feira (17) reportagem em que aponta que o titular de vários postos de comando em estatais ao longo dos governos tucanos em São Paulo, Benedito Dantas Chiaradia disse em depoimento prestado à Polícia Federal em 14 de novembro de 2013 que ouviu de pessoas da área metroferroviária relatos sobre pagamento de propina a agentes públicos. Pouco mais de um mês depois, o diretor foi afastado da direção da estatal.
Levantamento realizado pelo jornal Folha de S. Paulo aponta que três contratos de manutenção assinados em 2007 pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) apresentam indícios de cartelização e custaram R$ 300 milhões a mais do que mesmos serviços contratados em 2012.
A francesa Alstom recusou uma oferta de acordo com o Ministério Público (MP) que previa o pagamento de US$ 33 milhões (aproximadamente R$ 80 milhões) para o encerramento da investigação sobre a suspeita de que a empresa tenha pago propina para obter contratos com o governo do estado de São Paulo.
O Supremo Tribunal Federal (STF), por indicação do ministro Marco Aurélio de Mello, irá desmembrar a ação que investiga o pagamento de propina e formação de cartel para fraudar licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM): dessa forma, dos 10 réus acusados na ação, apenas quatro serão julgados pelo STF em Brasília, enquanto os demais serão encaminhados à primeira instância.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Rodrigo Garcia (DEM), e um interlocutor do secretário de Energia, José Aníbal (PSDB), foram acionados pela principal testemunha das investigações sobre o cartel dos trens e Metrô em São Paulo, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. Em declaração à Polícia Federal, a testemunha relatou que tratou pessoalmente de propina com Garcia.
A base de sustentação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa de São Paulo conseguiu blindar o Palácio dos Bandeirantes contra investigações sobre o cartel que atuou em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) durante sua administração e em outros governos tucanos.
Conforme publicação nesta quinta-feira (19) do jornal O Estado de S.Paulo, o Metrô e a CPTM mantêm em seus altos escalões funcionários investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público sob suspeita de receberem propina do cartel de trens em São Paulo.
O inquérito da Justiça Federal que investiga o suposto esquema de fraudes em licitações no sistema de trens e metrô de São Paulo chegou nesta quinta-feira (12) ao Supremo Tribunal Federal e será relatado pela ministra Rosa Weber.
O Ministério Público do Estado de São Paulo divulgou na tarde desta terça-feira (3), na capital paulista, o relatório de um ano e meio de investigações que apontam superfaturamento de quase R$ 1 bilhão em contratos para reforma de trens da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP) durante a gestão do então governador José Serra (PSDB).
Graças ao conluio entre empresas, ao pagamento de propinas a funcionários públicos e políticos do PSDB e, principalmente, ao trabalho de um lobista, a Alstom conseguiu fechar todos os negócios considerados por ela estratégicos com o governo de São Paulo. De quatro grandes contratos, dois foram combinados entre empresas e deram à multinacional francesa um rendimento de R$ 1,5 bilhão, mais alto do que o esperado.