O cinema brasileiro fez bonito no último final de semana (29 e 30), que marcou o encerramento do 26º Cinelatino – Encontros de Toulouse, na França, e do 29º Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, no México. No total, foram nove os prêmios conquistados pelos filmes brasileiros nas cerimônias de premiação dos dois eventos no sábado (29), incluindo o Grande Prêmio do festival francês e os Prêmios do Público nos dois eventos.
Mais que atual, Alemão, de José Eduardo Belmonte, é um filme urgente. Nisso reside sua força, mas decerto é também disso que resultam suas fragilidades.
Por José Geraldo Couto, na Revista Fórum
A Agência Nacional do Cinema (Ancine) abre na próxima segunda-feira (31) as inscrições para uma nova chamada pública do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que investirá R$ 50 milhões em projetos de produção independente selecionados por editais de entidades e órgãos públicos dos governos estaduais e municipais. Com esta iniciativa, a Ancine e o Ministério da Cultura esperam estimular a estruturação de políticas públicas locais para o desenvolvimento do setor audiovisual.
A 16ª edição do Bafici – Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires, que acontece entre os dias 2 e 13 de abril na Argentina, terá uma quantidade expressiva de brasileiros em diversas seções – Competição Internacional, Panorama, Baficitos e nas mostras Foco/Retrospectiva – são 25 filmes nacionais em exibição e dois projetos participantes do BAL (Buenos Aires Lab): Ela volta na quinta”, de André Novais Oliveira, e “Coiote”, de Sérgio Borges, com produção de Luana Melgaço.
O longa-metragem de animação "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu, venceu no último fim de semana (22 e 23) o Grande Prêmio Monstra 2014 de melhor longa-metragem da Monstra – Festival de Cinema de Animação de Lisboa, em Portugal. Além do prêmio principal, o filme de Alê trouxe ao Brasil a premiação recebida pela Melhor Trilha Sonora, e conquistou a preferência dos espectadores do evento, fazendo juz ao Prêmio do Público.
O cinema brasileiro teve grande destaque no Festival Internacional de Cinema de Miami, nos Estados Unidos, e no Festival Internacional de Cinema de Punta del Este, no Uruguai, ambos encerrados neste domingo (16). Os maiores prêmios dos dois festivais foram para os brasileiros "O lobo atrás da porta" e "Tatuagem", respectivamente.
Um crime sangrento da ditadura será lembrado, neste mês de março, com o lançamento do documentário Calabouço 1968 – Um tiro no coração do Brasil, de Paulo Gomes, produtor, e Carlos Pronzato, diretor. Ele resgata a morte do estudante Edson Luís de Lima Souto na invasão policial do restaurante Calabouço, em março de 1968, nesta entrevista ao programa Tema Livre, da Radio Nacional, publicado em 10 de março de 2014.
Embora ainda distante das metas fixadas pelo governo, o setor audiovisual brasileiro vive o boom propiciado pela Lei nº 12.485, que estabeleceu cotas obrigatórias de conteúdo nacional na TV paga. A demanda explodiu em 2013, revelando uma oferta de mão de obra ainda insuficiente. Para responder a esse cenário, Manoel Rangel foi reconduzido ao terceiro mandato como diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), até 2017.
O Troféu Candango, premiação do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, é um dos mais cobiçados por atores, atrizes e profissionais de cinema de todo o Brasil. Muitos Candangos foram distribuídos nas quarenta e seis edições deste festival, um dos principais do país. Porém, nenhum ocupa uma casa tão simples e modesta como o que está com Elayne de Moura, no bairro Parque Capibaribe, na periferia de São Lourenço da Mata, região metropolitana de Recife.
O Festival Internacional de Cinema de Marselha (FID), na França, cuja 25ª edição acontece entre os dias 1º e 7 de julho, recebe até o dia 17 de março inscrições de filmes para a competição principal.
A história que Ana Castro e Gabriel Mitani querem contar parece ficção, mas infelizmente não é. Eles estão produzindo o documentário Coratio, que irá mostrar o trabalho feito por advogados entre 1979 e 1985 para salvar documentos que provam a prática de tortura durante a ditadura (1964-85). Nesta semana, a dupla lançou uma campanha de arrecadação para terminar o filme e mostrar que a violência cuja memória o projeto Brasil: Nunca Mais quis preservar ainda é praticada nos dias de hoje.
A maneira do monstro – e este assim pode ser visto pelo desconforto que provoca até ao próprio – que recria agora, José Padilha juntou as peças para sua maior empreitada. Robocop, em cartaz, é a solução possível para quem ambicionou aliar questões nacionais julgadas pertinentes, e ninguém diria o contrário, a um produto comercializável, bem-sucedido em seu molde de ação.
Por Orlando Margarido*, na Carta Capital