Por causa da retração econômica provocada pela atual crise financeira, o número de famintos, segundo a FAO, saltou de 860 milhões para um bilhão e duzentos milhões. Tal fato perverso impõe um desafio ético e político. Como atender as necessidades vitais destes milhões e milhões?
Por Leonardo Boff*, na Adital
Os números de pessoas que passam fome ou sofrem de desnutrição no Brasil, em Angola (África) e em Moçambique (África), países de língua portuguesa, caíram no período de 1990 a 2012. A conclusão está no relatório Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012 (cuja sigla em inglês é Sofi), divulgado nesta terça (9), em Roma, na Itália.
Os representantes dos oito países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) discutirão a partir de segunda-feira (17) propostas para a erradicação da fome e da pobreza nas regiões. O objetivo, segundo o ministro da Agricultura de Moçambique, Daniel Clemente, é definir a coordenação de esforços e o estabelecimento de um quadro político-estratégico de segurança alimentar e nutricional.
O combate à fome no mundo está associado à adoção de políticas públicas de estímulo à segurança alimentar e nutricional, ao incentivo à agricultura familiar, às condições de acesso aos alimentos e a mudanças nos padrões alimentares. Também são esperadas medidas de geração de emprego e renda sob a ótica do desenvolvimento sustentável.
A marca “Bacalhau da Amazônia” poderá alçar voos internacionais. O Governo do Amazonas, através da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), e o Ministério de Relações Exteriores (MRE) irão promover no dia 24 de abril, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o lançamento do produto para as Embaixadas Estrangeiras com sede na capital federal.
A Via Campesina na América Central, que reúne trabalhadores rurais dessa região, divulgou nota abordando a fome e a pobreza no campo, ressaltando a importância da formação de uma aliança para combatê-las. Nesta semana, movimentos rurais brasileiros também se manifestaram, em um manifesto em defesa da reforma agrária. Confira abaixo a nota da Via Campesina.
Os preços de alimentos não vão subir drasticamente em 2012 como em anos recentes e uma queda acentuada também não é esperada como resultado da desaceleração da economia, disse o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, que assumiu no domingo (1º) o cargo, pretende dar um impulso à segurança alimentar, aumentando o apoio da instituição aos países mais pobres com déficit alimentar, especialmente os que sofrem com crises prolongadas.
Embora a nossa tarefa esteja dificultada pelo ambiente econômico, estou convencido de que podemos avançar em direção à erradicação da fome.
Por José Graziano da Silva, na Folha de S. Paulo
O programa Bolsa Família teve no primeiro ano da presidente Dilma Rousseff seu maior aumento nominal desde sua criação e bateu um novo recorde.
Representantes de governos e da sociedade civil de todos os estados discutem durante três dias, na Bahia, a implementação de políticas públicas de garantias à alimentação adequada para milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza. O debate, iniciado nesta segunda-feira (7/11), no Centro de Convenções, em Salvador, é realizado durante a 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Alimentação Adequada e Saudável: direito de todos, que acontece até quinta-feira.
Aconteceu, no início da noite desta segunda-feira (7), a abertura da 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Salvador (BA), promovida pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), do ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A ministra, Tereza Campello, é uma das participantes do evento, que acontecerá até quinta-feira (10),no Centro de Convenções da Bahia.