Entre 2000 e 2020, participação de manufaturados, máquinas e equipamentos na pauta de exportações caiu de 48% para 19%. Paralelamente, bens primários ampliaram presença, de 35% para 71%.
Entre janeiro de 2002 e outubro de 2014 houve acúmulo exponencial de reservas internacionais (de US$ 37 bilhões para US$ 376 bilhões). A relação de passivos dolarizados sobre os ativos externos passou de 2,3% para 0,8%. Em outras palavras, hoje, as disponibilidades externas superam, em valor, os passivos em moeda estrangeira.
Por André Biancarelli e Rodrigo Vergnhanini*, publicado no Brasil Debate
O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o resto do mundo, ficou em US$ 3,953 bilhões, em junho, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta terça (23). No mesmo mês do ano passado, o resultado negativo alcançou US$ 4,393 bilhões.
O déficit em transações correntes, saldo negativo das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior, chegou a US$ 2,596 bilhões, em setembro, e acumulou US$ 34,123 bilhões nos nove meses do anos.
Nas contas externas de abril, divulgadas pelo Banco Central (BC), para uma exportação de US$ 19,6 bilhões, o saldo comercial foi de apenas US$ 882 milhões; de janeiro a abril, esse saldo caiu 33,7% em relação a 2011 – as importações, evidentemente, aumentaram bem mais que as exportações.
Por Carlos Lopes no Hora do Povo
Na opinião do economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES, o Brasil "deve pôr as barbas de molho", porque o próprio FMI está alertando que todos os países que receberam muito capital de curto prazo, como Irlanda, Portugal, Espanha, Grécia e Itália – os Piigs – atravessam graves dificuldades.