Aos muitos amigos que se pronunciaram em público e em particular, recomendo não entrar no jogo do Bajulador Jurídico, muito menos no do Exu da Veja. Um escreveu para o outro, numa espécie de subtabelinha, para me desqualificar, uma vez que se tornou impossível desqualificar a matéria que fiz sobre as fraudes na escolinha de Gilmar Mendes, o IDP.
Após os depoimentos dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), ocorridos nos últimos dias, a CPMI do Cachoeira se dedicou nesta quinta-feira (14) a votar os requerimentos que definem os próximos depoimentos.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reafirmou nesta quarta-feira (13) que acredita na validade das escutas telefônicas da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que investigou um esquema de corrupção supostamente articulado pelo empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Uma gravação da Polícia Federal, obtida pelo jornal O Globo, entre Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o ex-vereador de Goiânia Wladmir Garcez revela a participação do contraventor na venda da casa de Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o tráfico nacional e internacional de pessoas está nos Estados Unidos, para conhecer a experiência estadunidense na repressão a esse tipo de crime. Em entrevista à Rádio Senado, nesta terça-feira (5), a presidente da comissão, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB–AM), observou que os EUA só aprovaram uma legislação específica para combater o delito a partir de 2000.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, afundou ainda mais nas águas de Cachoeira. Em depoimento nesta terça-feira (6), o empresário Walter Paulo Santiago disse à CPI que pagou em dinheiro pela compra da casa que pertenceu ao governador e depois passou para as mãos de Carlinhos Cachoeira, sendo o local onde ele acabou preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.
No centro do furacão desde que vieram à tona suas relações no mínimo pouco éticas com os bandidos da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, a revista Veja parece ter pedido toda a noção de ridículo. Sua capa desta semana é uma farsa: o “documento” que a semanal da Abril alardeia ter sido produzido pelo PT como estratégia para a CPI de Cachoeira é, na verdade, um amontoado de recortes de reportagens de jornais, revistas e sites brasileiros.
Por Cynara Menezes*, na Carta Capital
Após um depoimento meloso e patético à Comissão de Ética do Senado, em que apelou para Deus e para a clemência de seus pares, o ex-demo Demóstenes Torres foi alvo de uma bateria de perguntas. A partir daí o ventilador no esgoto do ex-paladino da ética e assassino de reputações começou a fazer suas vítimas. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o editor da Veja, Policarpo Junior, aparecem entre elas.
Escutas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal (PF), com autorização da Justiça, durante a Operação Monte Carlo, questionam se o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, “pegou carona” em um jatinho fornecido pela quadrilha de Carlinhos Cachoeira, no dia 25 de abril de 2011, quando teria retornado da Alemanha ao Brasil, na companhia do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
Por Najla Passos e Vinicius Mansur, na Carta Maior
A CPI do Tráfico de Pessoas do Senado realiza nesta segunda (28), em Natal (RN), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, audiência pública para averiguar uma provável rota do crime no Nordeste. Assim como Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE), a capital potiguar está relacionada entre as cidades de origem do tráfico para fins de exploração sexual.
As tentativas de apaziguamento e de acordos discretos não reduziram o medo, quase pânico, que sacode as glândulas de numerosos homens públicos. A miniaturização dos processos de captação de voz e de imagem torna qualquer conversa um risco. Muitos deles começam a buscar, na memória, frases ditas sem cuidados e sem malícia, pelo telefone, ou pessoalmente, a pessoas de pouca confiança.
Uma vergonha a resposta de Roberto Gurgel, procurador geral da República, à desacreditada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).