Além da Anistia Internacional e da israelense B’Tselem, que já identificaram “crimes de guerra” de Israel contra a Faixa de Gaza, uma missão de médicos independentes acaba de concluir que o massacre de civis no território sitiado, em 2014, foi deliberado. Ao mesmo tempo, o anúncio de licitações para novas casas em colônias israelenses na Cisjordânia e Jerusalém Oriental completa o quadro da abrangente violação do direito internacional humanitário por Israel.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
A “Comissão Independente de Inquérito das Nações Unidas sobre o Conflito de Gaza” tem tido dificuldades para falar com as testemunhas palestinas na Faixa de Gaza, segundo um porta-voz, em contato por e-mail. As barreiras para o acesso da comissão ou para a saída dos palestinos pediram alternativas como o envio de testemunhos por e-mail ou correio. A Comissão deve entregar um relatório sobre as denúncias de crimes de guerra em março.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
A promotora do Tribunal Penal Internacional (TPI) Fatou Bensouda anunciou nesta sexta-feira (16) um inquérito inicial sobre as denúncias de crimes de guerra perpetrados durante a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, em 2014. “Justiça” tem sido um conceito distante das análises sobre o chamado “conflito Israel-Palestina”, mas a tradição da impunidade pode estar finalmente sacudida, mesmo que ainda falte um difícil trajeto.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
No encalço da adesão palestina ao Tribunal Penal Internacional (TPI), as análises sobre as suas consequências são variadas. Nesta quinta-feira (8), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Ban Ki-Moon anunciou que o Estado da Palestina será membro da Corte a partir de 1º de abril, com período retroativo desde junho de 2014. Em resposta, as ameaças israelenses e dos EUA refletem a certeza de um impacto decisivo sobre o status quo.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Há cerca de 50 leis que discriminam palestinos vivendo em Israel. Já na Palestina ocupada, um regime militar e de segregação efetiva viola os princípios mais básicos do direito internacional. A ordem militar 101 é um exemplo, conta o líder do comitê popular de Bil’in Abdallah Abu Rahma, que pode ser preso mais uma vez. Por outro lado, uma conferência em Genebra levou 126 países a condenarem novamente as violações nos territórios palestinos ocupados.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
A estratégia da Organização para a Libertação da Palestina para contornar o impasse nas negociações com Israel é afirmar o Estado da Palestina como ator internacional, mas a responsabilização israelense por crimes de guerra também é prioridade. Em entrevista, o ex-chanceler Nabil Shaath explicou os avanços para a conferência entre Estados parte da Quarta Convenção de Genebra e a votação de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU pelo fim da ocupação.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Após uma sequência vertiginosa em que a violência da ocupação israelense e do sistema que a sustenta foi acompanhada por uma turbulência doméstica, causada pela medida que busca caracterizar legalmente Israel como “Estado para o povo judeu” (num anacronismo racista e extremista), no Dia internacional dos Direitos Humanos, a mais recente vítima da opressão sionista foi o ministro palestino Ziad Abu Ein, que morreu nesta quarta-feira (10).
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Resolução 181. Os palestinos têm este e outros números memorizados na defesa da sua causa. Em 1947, a ONU "partilhou" a Palestina entre árabes e judeus, mas o único resultado foi a continuidade da história de massacres e de ocupação. Apenas o Estado de Israel foi agraciado com a plena existência. Em 29 de novembro de 1947, a Palestina seria partilhada, mas segue ocupada. Talvez por culpa, a data é hoje o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
A declaração de independência da Palestina está prestes a completar 26 anos. Em 15 de novembro de 1988, o líder Yasser Arafat, falecido há 10 anos, emitiu na Argélia a declaração histórica acordada no seio do Conselho Nacional Palestino. A opção pela diplomacia então anunciada semeou esperança de libertação nacional, mas quase três décadas mais tarde, a ocupação israelense e a espiral de violência que a sustenta está mais arraigada e institucionalizada.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
O presidente de Israel Reuven Rivlin tem se destacado por pedir “tolerância”. Rivlin, que defende um único e inconcebível “Estado judeu”, é apresentado como conciliador. Dois meses após a campanha de bombardeios de Israel contra Gaza, seu apelo inócuo acompanha a expansão da ocupação sobre os territórios palestinos e o fortalecimento de uma narrativa religiosa para o imperialismo sionista, culminante no fechamento da Mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Moshe Ya’alon, ministro da Defesa de Israel, disse em entrevista recente evitar reconhecer o estabelecimento do Estado da Palestina como uma solução para a situação em que os palestinos se encontram, de ocupação e extermínio gradual. Nos últimos dias, além de uma “conferência de doadores” para a reconstrução de Gaza, novamente devastada por Israel, o aumento da ocupação e da violência na Cisjordânia continua sendo uma constante nos noticiários locais.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Em seu oportunismo e na propaganda que sustenta a ocupação da Palestina, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu discursou na Assembleia Geral da ONU para ligar os palestinos à mais recente empreitada do imperialismo no Iraque e na Síria, apresentada como a luta contra o terrorismo. Ele buscou angariar apoio e empatia na sua defesa cínica contra as denúncias de crimes de guerra perpetrados contra os palestinos e na justificação do último massacre em Gaza.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho