A Agência Latino-americana de Informação (ALAI) acaba de editar o livro Democratizar a palavra: movimentos convergentes em comunicação. A publicação, em espanhol, reúne a posição expressada por várias coordenações e organizações sociais e indígenas, assim como plataformas comuns e normativas legais que estão abrindo brecha para tornar realidade a democratização da comunicação e o reconhecimento pleno do Direito à Comunicação, no Equador e América Latina.
Nesta semana, líderes criticaram a imprensa e seu papel político. Em Havana, Cuba, o ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que os meios de comunicação garantem a manutenção do status quo. O mandatário dos EUA, Barack Obama, declarou que a mídia “modela os debates”. Já a presidenta argentina, Cristina Kirchner, denunciou que a imprensa “utiliza a dor das pessoas para desgastar governos”.
Sob o ensurdecedor silêncio da grande mídia brasileira, foi divulgado em Bruxelas, na terça-feira (22), o relatório “Uma mídia livre e pluralista para sustentar a democracia europeia”, comissionado pela vice-presidente da União Europeia, Neelie Kroes, encarregada da Agenda Digital.
Por Venício Lima, no Observatório da Imprensa
É difícil dizer o que mais impressiona: se a grande imprensa ter perdido a importância que detinha até os anos 1990 – quando ainda tinha relativa influência no cenário político -, ou a desfaçatez com que seus jornalistas, amadurecidos no tapa na arte de reescrever a história, sonegam dados e fatos.
Por Gilson Caroni Filho*
Em 1º de março de 2010, uma reunião de milionários em luxuoso hotel de São Paulo foi festejada pela mídia nacional como o início de uma nova etapa na luta da civilização ocidental contra o ateísmo comunista e a subversão dos valores cristãos.
Por Leandro Fortes, na Carta Capital
O debate sobre a necessidade de democratização da comunicação no Brasil tem sido feito há muito tempo. Movimentos sociais, parlamentares e organizações da sociedade civil defendem a criação de um marco regulatório para o mercado midiático brasileiro, para que se amplie o acesso de diferentes vozes aos meios de comunicação em massa.
Com a crise no modelo de negócios das empresas jornalísticas, um dos primeiros setores a sentir os efeitos dos cortes foi o do noticiário local — gerando uma lacuna que impede o monitoramento de vereadores, deputados e senadores pelos seus eleitores.
Por Carlos Castilho*
Como é distribuída a publicidade do governo? O assunto, que está diretamente relacionado à democratização da comunicação e à construção de veículos independentes de grande conglomerados empresariais, foi discutido numa audiência pública da Câmara dos Deputados.
Militantes da democratização da mídia estiveram reunidos em um debate no Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo (SP), no dia 17 de dezembro para discutir "O Brasil em debate: O estado democrático de direito, a mídia e o judiciário". No centro das discussões a Ação Penal 470, o chamado mensalão. Confira reportagem em vídeo abaixo, com melhores momentos do evento.
Na batalha que os opõe aos grupos privados de comunicação, os governos latino-americanos que decidiram regulamentar o setor de informações acabam de descobrir um aliado: o Partido Conservador britânico. Os desvios do grupo Murdoch os convenceram de que não se pode esperar que as empresas de mídia se autorregulem.
Por Renaud Lambert*, no Le Monde Diplomatique
Os órgãos da imprensa brasileira não podem fazer suas histórias, tantos são os episódios, as posições, as atitudes indefensáveis deles ao longo do tempo. Suas trajetórias estão marcadas pelas posições mais antipopulares, mais antidemocráticas, racistas, golpistas, discriminatórias, de tal forma que eles não ousam tentar contas suas histórias.
Por Emir Sader, Carta Maior