Incorporar as mulheres no mercado de trabalho da América Latina e o Caribe tem sido uma tendência constante e positiva nas últimas décadas. Porém, em 2017, em tempos do incremento de desemprego e informalidade, novamente surge a necessidade de insistir no quesito igualdade de gênero e gerar mais e melhores empregos para 255 milhões de mulheres em idade de trabalhar que moram nesta região.
Por José Manuel Salazar-Xirinachs – na agência IPS
“Se existe um legado trágico do neoliberalismo é a desorganização dos trabalhadores. Soma-se a isso uma pauperização enorme que torna precárias as condições para retomar qualquer movimento”, avaliou a economista e professora da UnB Maria Mollo. “E a verdade é que para transformar qualquer sociedade é preciso de organização dos trabalhadores.”
No trimestre móvel entre dezembro de 2016 a fevereiro de 2017, a taxa de desemprego teve alta de 1,3% em relação ao período imediatamente anterior, ficando em 13,2%, com uma população desocupada de 13,5 milhões de trabalhadores.
Contrariando o discurso do governo de que a economia "entrou nos trilhos", a taxa de desemprego aumentou para 13,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2017, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior taxa da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Os 17,9% representaram o maior índice para o mês desde 2005, segundo a Fundação Seade e o Dieese. Região metropolitana tem 1,982 milhão de desempregados, 365 mil a mais em 12 meses.
Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, fala sobre estudo a respeito da presença da mulher no mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo. O estudo revela que a taxa de desemprego entre as mulheres cresce mais do que entre os homen
Nos últimos anos, o desemprego na indústria naval brasileira não para de crescer. Diretamente afetado pelo corte e diminuição dos contratos com a Petrobras, após o início da operação Lava Jato, o setor perdeu quase metade das 71.500 mil vagas estimadas em 2014.
Os bancos eliminaram 48.757 postos de trabalho nos últimos 5 anos, de fevereiro de 2012 até janeiro. É o que mostra estudo do Dieese, apresentado nesta quinta-feira (9) durante congresso extraordinário da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo. Entre as ocupações que perderam espaço, os escriturários são os mais afetados, com 15.654 postos de trabalho fechados, seguidos pelos caixas, com redução de 5.148 vagas.
O desembargador Wilson Fernandes, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), o maior do país (Grande São Paulo e Baixada Santista), também contesta as afirmações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contra a Justiça trabalhista. Segundo ele, entre milhares de processos pode haver algumas decisões consideradas "fora da curva", mas isso não pode ser usado como argumento para defender a extinção desse ramo do Judiciário.
O desemprego está aumentando. O poder aquisitivo dos salários, diminuindo – hoje o valor médio pago na indústria é menor do que o da China. Milhões de pessoas voltaram a ficar abaixo da linha de pobreza.
No dia seguinte ao governo determinar a quebra do conteúdo nacional, se submetendo à pressão da Petrobrás e do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), representando algumas petroleiras internacionais que levarão para o exterior as obras que proporcionarão a exploração do petróleo nas costas do Brasil, o IBGE divulgava números estarrecedores sobre o desemprego no país.
Com desemprego recorde de 12,9 milhões de brasileiros, Michel Temer (PMDB) afirmou nesta sexta-feira (23), em vídeo que circula nas redes sociais, que a “recessão terminou”.