Um estudo publicado pelo banco UBS, com a participação da consultora PwC, estima a riqueza dos 1542 mais ricos (com patrimônio superior a mil milhões de dólares) em 6 biliões de dólares (5,2 biliões de euros) – o equivalente a mais do dobro do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido ou 32 vezes a riqueza produzida em Portugal em 2016.
Avaliação realizada pela Rede Nossa São Paulo aponta estagnação da situação na capital paulista e pouca ação dos governos
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua e do índice de Gini mostram alta do abismo social a partir do terceiro trimestre de 2015.
Por Fabrício Pitombo Leite*
Classe média e mais pobres pagam muito mais impostos do que os mais rico. Oxfam estima que potencial de arrecadação aumentaria cerca de R$ 60 bi por ano com tributação de lucros e dividendos de acionistas.
A redução das desigualdades no Brasil depende de pelo menos duas iniciativas: de um lado, uma reforma tributária progressiva e, de outro, a expansão do gasto social, diz Rafael Georges, coordenador de campanhas da Oxfam Brasil e um dos responsáveis pelo relatório “A distância que nos une. Um retrato das desigualdades brasileiras”, elaborado pela instituição.
Medidas tomadas pelo atual governo brasileiro não deixam dúvidas de que aqui a desigualdade é um projeto de poder que envolve o Estado e um modelo no qual, para que uns ganhem muito, outros precisam permanecer na miséria.
Por Ana Luíza Matos de Oliveira*
A liquidação do Brasil anunciada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Nova York, não foi suficiente para satisfazer investidores norte-americanos. Nem a reforma trabalhista que aniquilou direitos conquistados ao longo de décadas bastou para agradar os capitalistas estadunidenses. Para quem olha o país como colônia a ser explorada, rasgar a CLT é pouco. “Então quer dizer que ainda não vamos poder reduzir salários? ”, questionou, frustrado, um empresário gringo.
Por Joana Rozowykwiat
Seria irônico se não fosse trágico. Na semana em que a Oxfam Brasil divulga relatório alarmante sobre a desigualdade no país, o Fórum Econômico Mundial informa que avançamos no ranking de competitividade global. Alguns dirão que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mas não estaria justamente aí o problema, considerando que o que nos faz retroceder de um lado é o que garante o crescimento do outro?
Por Laércio Portela
Com a reforma trabalhista, entregamos o Brasil à “modernidade” da economia capitalista globalizada, ávida por lucros e desejosa de um mercado flexível.
Por Clemente Ganz*
“Parceria Público Privada (PPP) é na realidade um presente para a iniciativa privada”, afirmou Wagner Fajardo, coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. A privatização do metrô paulista aumenta a ofensiva no estado, fortalecendo a lógica da política privatista anunciada na esfera federal para a Eletrobras. A direção da estatal vê a adoção das PPPs como a solução para a venda.
Por Railídia Carvalho
Se o parâmetro brasileiro para reduzir a desigualdade social extrema no país for o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2018 enviado ao Congresso pelo Governo Temer, o abismo entre os mais ricos e os mais pobres deve aumentar ainda mais.
Por Rafael Duarte
O problema não é alguém ter um apartamento de 400 metros quadrados enquanto outro mora em um de 40. O que desconcerta é uma sociedade que acha normal um ter condições para desfrutar de um apê de 4 mil metros quadrados enquanto o outro apanha da polícia para manter seu barraco em uma ocupação de terreno, seja em São Bernardo do Campo, Itaquera, Grajaú, Osasco, Pinheirinho, Eldorados dos Carajás, onde for.
Por Leonardo Sakamoto*, em seu blog