Será veiculada nesta sexta-feira (10), na Rede TV, no programa Mariana Godoy, a primeira entrevista em TV aberta da presidenta Dilma Rousseff, após quase 30 dias do seu afastamento do cargo para julgamento do processo do impeachment no Senado Federal. A entrevista foi gravada na última quarta-feira (8) no Palácio da Alvorada, em Brasília, residência oficial da presidenta, e deve ser transmitida às 22h45 desta sexta.
A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (9), em entrevista especial concedida à TV Brasil, uma consulta popular para repactuar o Brasil. Ao apresentador Luís Nassif, Dilma disse que é a população que tem que dizer se quer a continuidade de seu governo ou a realização de novas eleições. “O pacto que vinha desde a Constituição de 1988 foi rompido e não acredito que se recomponha esse pacto dentro de gabinete. Acredito que a população seja consultada”, disse.
Gravada no último domingo, a entrevista exclusiva realizada pelo jornalista Luis Nassif com a presidenta Dilma Rousseff vai ao ar nesta quinta-feira (9), às 22 horas, em uma parceria da EBC com a Rede Minas
Eram 16h desta quarta-feira (8), quando uma presidente Dilma Rousseff disposta, bem humorada e de coração valente recebeu a equipe do 247 em Brasília para uma de suas primeiras entrevistas à imprensa nacional desde que foi provisoriamente afastada do cargo por meio de um conturbado processo de impeachment, já retratado pela grande maioria da mídia global como um golpe parlamentar.
A resistência ao golpe precisa construir uma pauta de nação que agregue à luta pela legalidade uma dimensão mudancista.
Por Saul Leblon*, na Carta Maior
Em ação movida por parlamentares tucanos e aliados que se sentiram ofendidos com o fato da presidenta denunciar o golpe contra seu mandato, Dilma Rousseff reafirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que está em curso no país um “golpe de Estado” por meio do processo de impeachment.
A presidenta eleita Dilma Rousseff criticou, através de nota, nesta sexta-feira (7), o que considerou como "comportamento sórdido do governo interino e ilegítimo" de Michel Temer sobre o vazamento de gastos do Palácio da Alvorada com alimentação.
“Governo interino é pequeno e mesquinho. O que explica nosso momento é que precisam de uma ruptura democrática para viabilizar outras, que não passam pelo processo eleitoral”, afirmou nesta terça-feira (07) a presidenta Dilma Rousseff, em encontro com historiadores em defesa da democracia, no Palácio da Alvorada.
O jornal The New York Times voltou a falar sobre a crise política do Brasil. Pelo segundo dia consecutivo, o diário norte-americano tratou sobre os problemas apresentados no governo interino e da situação vivida pela presidenta Dilma Rousseff, que tenta reverter o andamento do processo de impeachment.
O advogado responsável pela defesa da presidenta Dilma Roussef, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, protocolou nesta terça-feira (7), no Palácio do Planalto, documento no qual afirma que, ao restringir os deslocamentos da presidenta em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), o governo provisório de Michel Temer passará a ter “responsabilidade exclusiva e pessoal” por “quaisquer situações que violem a segurança pessoal”.
Um pensadores contemporâneos mais influentes da atualidade, o estadunidense Noam Chomsky, classificou como “golpe branco” o afastamento da presidenta Dilma Rousseff pelo Congresso brasileiro.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que integra a comissão especial do impeachment no Senado, afirmou que a decisão do presidente, Raimundo Lira (PMDB-PB), de recuar e manter o prazo para as alegações finais tanto para a acusação quanto para a defesa de 15 dias cada um, é uma manobra para confundir a opinião pública e esconder as “barbaridades” cometidas que afrontam a Constituição.
Por Dayane Santos