Em meio a crise que assola a Europa, da Grécia a Espanha, passando por Portugal e Irlanda, os jovens, também no continente americano, saem as ruas para manifestar o desagrado com a austeridade pregada por governos de seus países.
Por Mário Augusto Jakobskind*, no Direto da Redação
Paulo Egydio Martins, governador de São Paulo entre 1975 e 1979, afirmou, em entrevista à Globonews, que a morte do jornalista Vladimir Herzog, em 25 de outubro de 1975, não se deu por suicídio: “Se maquiou um suicídio! O suicídio foi maquiado! Não houve suicídio! Herzog foi assassinado dentro das dependências do 2º Exército na rua Tutóia, em São Paulo”, confessou.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, sugeriu nesta segunda-feira (4) que os centros de informações dos três comandos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) estarão à disposição da Comissão da Verdade. O colegiado, composto por sete integrantes, terá dois anos para investigar crimes contra os direitos humanos entre 1946 e 1988.
É do conhecimento até do mundo mineral que nunca escrevi uma única, escassa linha para louvar os torturadores da ditadura, estivessem eles a serviço da Operação Bandeirantes ou do DOI-Codi. Ou no Rio, na Barão de Mesquita. E nunca suspeitei que a esta altura da minha longa carreira jornalística me colheria a traçar as linhas acima. Meu desempenho é conhecido, meus comportamentos também.
Em sigilo, começou esta semana a autópsia da ditadura brasileira. Durante 16 horas de depoimento em Vitória, ES, ao longo de segunda (28) e terça-feira (29), o ex-delegado do DOPS Cláudio Antônio Guerra e o ex-sargento do DOI-CODI Marival Chaves Dias do Canto falaram pela primeira vez e formalmente ao Ministério Público Federal, na presença da coordenadora da Comissão Parlamentar da Verdade da Câmara, deputada Luiza Erundina (PSB-SP).
A partir de 17 de junho, o Arquivo Nacional vai disponibilizar ao público documentos do período do regime militar (1964-1985). A divulgação do material, noticiada nesta terça-feira (29), ocorrerá em função da nova Lei de Acesso à Informação. Serão cerca de 16 milhões de páginas de acervo que incluem, entre outras coisas, dados sobre a repressão política no país e a vida privada de servidores de 38 órgãos de governo, como Forças Armadas, universidades e estatais.
Professor emérito da Faculdade de Direito da USP vê resquícios da ditadura na universidade e cobra apuração dos elos entre o regime e a instituição.
Por Leandro Melito, da Rádio Brasil Atual
Em um futuro breve, quem passar em frente a mais de dez locais de Porto Alegre poderá saber, da calçada mesmo, que ali houve prisões políticas ou tortura – ou as duas coisas. Na última terça (22), a Prefeitura e o Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) assinaram um convênio para implantar o projeto Marcas da Memória. O movimento vai mapear os locais e a Prefeitura fará a identificação, com uma placa ou algo semelhante.
O jornalista e investigador espanhol Mario Amorós lançou no Chile o livro “ Sombras sobre a Ilha Negra, a misteriosa morte de Pablo Neruda”, obra que busca esclarecer o falecimento do ilustre poeta chileno.
Há pouco, recebi um email que julgo melhor responder de modo público. Na mensagem, a pessoa, que pesquisei e desconfio ser real, pedia:
Por Urariano Mota
Professores e estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) participaram de um ato hoje (24), no campus do Largo São Francisco, centro de São Paulo, para coletar assinaturas para a criação de uma comissão da verdade dentro da instituição.
Em 1976, cadáveres começaram a ser encontrados no litoral uruguaio. Com indícios de que sofreram violência, por apresentarem feridas, hematomas e fraturas ósseas, os corpos foram enterrados como “anônimos” na cidade de Colônia. Em um período em que o Uruguai vivia sob uma ditadura perpetradora de crimes contra presos políticos, peritos alegaram que não havia elementos suficientes para saber quem eram as vítimas.