O jornalista e investigador espanhol Mario Amorós lançou no Chile o livro “ Sombras sobre a Ilha Negra, a misteriosa morte de Pablo Neruda”, obra que busca esclarecer o falecimento do ilustre poeta chileno.
Há pouco, recebi um email que julgo melhor responder de modo público. Na mensagem, a pessoa, que pesquisei e desconfio ser real, pedia:
Por Urariano Mota
Professores e estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) participaram de um ato hoje (24), no campus do Largo São Francisco, centro de São Paulo, para coletar assinaturas para a criação de uma comissão da verdade dentro da instituição.
Em 1976, cadáveres começaram a ser encontrados no litoral uruguaio. Com indícios de que sofreram violência, por apresentarem feridas, hematomas e fraturas ósseas, os corpos foram enterrados como “anônimos” na cidade de Colônia. Em um período em que o Uruguai vivia sob uma ditadura perpetradora de crimes contra presos políticos, peritos alegaram que não havia elementos suficientes para saber quem eram as vítimas.
Ex-preso político e autor de três livros sobre vítimas da ditadura, o frade dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, teme que a Comissão da Verdade se torne uma comissão da vaidade. Para ele, ainda que se ouçam os dois lados, não se pode comparar os agentes da ditadura aos militantes políticos.
A expectativa média de vida no país foi o principal argumento usado pela Justiça Federal para rejeitar a denúncia ajuizada contra o militar reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado Dirceu Gravina, da Polícia Civil.
"Em novembro de 2010, o Estado brasileiro foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Gomes Lund e outros vs. Brasil sobre a Guerrilha do Araguaia. Entre 1964 e 1985, cerca de 30 mil pessoas foram torturadas, destas em torno de 150 ainda estão desaparecidas. Na guerrilha do Araguaia concentram-se metade desses desaparecidos políticos." Abaixo, a reprodução na íntegra de um dos trabalhos que integram o Especial Caros Amigos Comissão da Verdade, lançado neste mês de maio.
O que esperar da Comissão da Verdade, instalada no dia 16 de Maio pela presidenta Dilma Rousseff? Numa tentativa de trazer à tona casos mais emblemáticos de mortos e desaparecidos políticos, durante a ditadura militar (1964 a 1985), e escarafunchar denúncias, a Revista Caros Amigos lançou neste mês de maio um especial sobre o tema. Abaixo, confira uma das matérias cedidas ao Vermelho, pela publicação, que aborda a Guerrilha do Araguaia. Há indícios de que 'novos' guerrilheiros teriam entrado na guerrilha depois da invasão do exército.
Único dos 60 mil casos analisados pela Comissão de anistia sobre um agente duplo (que atuou tanto como colaborador do regime militar quanto diz ter atuado na resistência à ditadura) o Cabo Anselmo teve negado, ontem, o seu o pedido de reparação – anistia e indenização (vejam o Destaque do dia Decisões sobre Anselmo e Ustra podem firmar jurisprudência e saída para Lei de Anistia).
Por José Dirceu
José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, foi o centro das atenções da reunião da Comissão de Anistia nesta terça-feira (22). Foi julgado um pedido que ele entrou em 2003solicitando uma reparação, para constar como anistiado e merecedor da devida reparação financeira. Por unanimidade dos membros da Comissão, seu pedido foi negado e pelos termos tratados, ao invés de anistiado, ele fica para história como merece, como agente infiltrado da ditadura.
Até o fim do ano, pedestres que passarem em frente ao palácio da Polícia Civil, em Porto Alegre, irão se deparar com uma placa da Prefeitura com inscrições como "Aqui houve tortura".
“Ele estava muito magro, esquelético. Na maca do hospital, vestindo o uniforme presidiário me disse que queria falar tudo. Contou que era outro homem, um novo Cláudio Guerra, e queria entregar sua vida pra eu escrever. Tomei um susto”. O jornalista Rogério Medeiros relembra o primeiro contato com o ex-delegado do DOPS do Espírito Santo, que culminou na publicação do livro “Memórias de uma Guerra Suja”, em parceria com Marcelo Netto.
Por Isabel Harari, na Carta Maior