Como parte do processo que está desconstruindo uma farsa grotesca dos golpistas de 1964 que dura mais de 35 anos, foi realizada na cidade de São Paulo na quinta-feira (29) uma audiência na qual testemunharam os dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) Aldo Arantes e Haroldo Lima.
Por Osvaldo Bertolino*, no Portal da Fundação Maurício Grabois
Cerca de 300 pessoas se reuniram neste domingo (1º/04), em frente ao Cemitério da Consolação, região central da capital paulista, em um protesto contra os 48 anos do golpe militar de 1964, que daria início a um período ditatorial de 21 anos no Brasil (1964-1985). A data de 1º de abril, Dia da Mentira, deu o mote à organização do ato, que batizou o evento como "Cordão da Mentira".
Na data em que o imaginário popular consagra como o “dia da mentira”, – 48 anos atrás – foi rompida a legalidade democrática instituída no Brasil com a Constituição de 1946. Hoje, a quase totalidade das entidades que conspirou, apoiou e promoveu a derrubada do governo democrático de João Goulart (1961-1964) não festejará o golpe civil-militar de 1964.
Por Caio Navarro de Toledo*
Um regime brutal como a ditadura militar, que tratou de erradicar da sociedade e do Estado brasileiros tudo o que lhe parecesse vinculado à democracia, que se constituiu em uma ditadura de classe contra os trabalhadores e suas organizações, que tratou de ser um subimperialismo, aliado privilegiado dos EUA na região – não poderia desaparecer sem deixar vestígios. Ainda mais que a ditadura militar brasileira não foi derrotada, como aconteceu nos países vizinhos.
“Essa coletânea é um verdadeiro testemunho da importância dos arquivos para a compreensão da história da luta da classe trabalhadora”. Foi como resumiu Antonio José Marques, ao expor a importância o livro ‘Arquivo, Memória e Resistência dos Trabalhadores no Campo e na Cidade’.
Líder do PCdoB no Legislativo, Raul Carrion participou de encontro que reuniu parlamentares e autoridades da América Latina.
Composta por coletivos políticos, grupos de teatro e sambistas da capital paulista, a manifestação Cordão da Mentira questionará quem e quais são os interesses que bloqueiam uma real transformação da sociedade brasileira. A data foi escolhida por ser o dia da mentira e a data do golpe militar em 1º de abril de 1964. A concentração será às 11h30, em frente ao Cemitério da Consolação.
“Uma cena lamentável que nos envergonha frente ao nosso povo, aos nossos irmãos latino americanos e ao mundo”. Foi como avaliou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) a reação da Polícia Militar à manifestação pacífica contra o golpe de 64 realizado nesta quinta-feira (29), no Rio de Janeiro.
Embora os dias tenham rigorosamente as mesmas quantidades de horas, minutos e segundos, sendo fisicamente iguais em si, todos eles guardam diferenças simbólicas que os tornam especiais. Alguns causam grandes emoções, representando datas queridas, como os aniversários de nascimento, namoro, primeiro beijo ou casamento. Outras ingressam definitivamente em nossa mente por marcarem episódios tristes, não raro a morte de algum ente querido ou o rompimento com a pessoa amada.
Por Cezar Brito*
Nesta quinta-feira (29), no fórum da Praça João Mendes, em São Paulo, foram ouvidas as testemunhas no processo que pede a retificação da certidão de óbito do militante comunista João Batista Drumond.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), entidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), notificou nesta semana o Estado brasileiro sobre denúncias referentes às circunstâncias da morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975.
Eles anunciaram e cumpriram. Dezenas de militares da reserva se reuniram na tarde desta quinta-feira (29), no Círculo Militar, Rio de Janeiro, para comemorar o golpe militar de 1964, chamado pelos autores de “revolução”. Em protesto, militantes indignados com o fato se reuniram em um ato no local. Saldo: um militante preso e dois feridos após um conflito entre jovens e militares em pleno século 21, quando o mundo, em especial a América Latina, vive sua verdadeira revolução social.