A mais recente indisciplina de militares reformados contra a Comissão da Verdade, em manifesto onde tentam intimidar com as palavras "a aprovação da Comissão da Verdade foi um ato inconsequente, de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo" acende na gente duas observações.
Por Urariano Mota*
Além de previsível, por estranho que pareça julgo positiva a nova insubordinação de cerca de cem chefes militares da reserva contra a comandante-em-chefe das Forças Armadas, Dilma Vana Rousseff, que, coincidentemente, é também a presidente da República Federativa do Brasil, eleita em 31 de outubro de 2010 com 55.752.529 votos, os quais contabilizaram 56,05% do total de votos válidos.
Por Eduardo Guimarães, no blog da Cidadania
O governo determinou aos comandantes das Forças Armadas que os militares da reserva que assinaram nota com ataques à presidente Dilma Rousseff e ao ministro da Defesa, Celso Amorim, sejam punidos com advertência por ato de insubordinação.
Em mais uma demonstração de desrespeito à democracia, 98 militares da reserva reafirmaram as críticas feitas por clubes das três Forças Armadas à presidente Dilma Rousseff e disseram não reconhecer a autoridade do ministro da Defesa, Celso Amorim, para proibi-los de expressar opiniões.
O filho de Francisco Tenório Cerqueira, pianista de Vinícius de Moraes desaparecido em 1976 após ser sequestrado por supostos elementos da Esma (Escola Superior da Magistratura da Argentina), pediu que o repressor Claudio Vallejos seja interrogado na Comissão da Verdade brasileira, cujas deliberações começariam no primeiro semestre do ano.
O governo do Uruguai se prepara para solicitar ao Brasil arquivos sobre uruguaios mortos e desaparecidos no país nos anos da ditadura militar. A revelação foi feita na segunda-feira (27) ao jornal Estado de S. Paulo pelo ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro, em Genebra.
Os presidentes dos clubes militares da reserva das três Forças Armadas recuaram das críticas feitas à presidente Dilma Rousseff. Nesta quinta-feira (23) eles publicaram uma nota desautorizando o texto do "manifesto interclubes" que criticava a presidente por não censurar declarações das ministras dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e das Mulheres, Eleonora Menicucci sobre o esclarecimento de crimes cometidos durante a ditadura militar (1964-1985).
"A memória abre expedientes que o direito considera arquivados”
(Walter Benjamin).
O Brasil viveu 21 anos (1964-1985) sob ditadura militar. A esdrúxula Lei da Anistia pretende colocar uma pedra sobre as atrocidades cometidas naquele período contra os que lutavam por liberdade e democracia. E há escolas e universidades que ainda ignoram o terrorismo de Estado vigente no Brasil ao longo de duas décadas.
Por Frei Betto, em Adital
As iniciativas políticas que o governo da presidente Dilma Rousseff tem adotado no sentido de esclarecer os crimes cometidos durante a ditadura militar brasileira (1964-1985) continuam encontrando a resistência de grupos que representam os militares interessados que as atrocidades cometidas naquele período continuem no passado.
Entrevistas como a do ex-ditador argentino Jorge Videla à revista espanhola Cambio 16 expressam momentos de sinceridade em que se reproduzem, de forma precisa, a lógica que levou aos regimes de terror que imperaram no cone sul latino-americano há poucas décadas.
Por Emir Sader, em seu blog
Foi aberta na última terça-feira (14/02), na Galeria Antônio Bandeira, a exposição / ocupação Rádio Arte: Memórias e Resistências! Organizada pelo coletivo Aparecidos Políticos, grupo de arte e política, a montagem estará aberta para visitação até o dia 17 de março.
A experiência acumulada por profissionais da saúde mental no acompanhamento de vítimas do terrorismo de Estado na Argentina é de tal importância que já começou a transcender as fronteiras.
Por Marcela Valente*