Para autoridades do governo federal, a Comissão da Verdade deveria convocar para depor Silvaldo Leung Vieira, autor da imagem do jornalista Vladimir Herzog morto numa cela do DOI-Codi, em São Paulo, em 1975.
ideia poderia, vá lá, até ter seus méritos… Dilma e Lula tentam atrair FHC para compor Comissão da Verdade. Embora considerem a possibilidade remota, presidenta e antecessor avaliam que tucano daria credibilidade ao órgão.
Militares salvadorenhos assassinaram opositores lançando-os vivos e amarrados ao mar de aviões durante a guerra civil, afirmou um relatório secreto da CIA (Agência Central de Inteligência) dos Estados Unidos. Um xérox do documento, de março de 1991 e com grossas rasuras em negro, foi publicado pelo jornal salvadorenho La Página.
O julgamento em que a Suprema Corte da Espanha decidirá se o polêmico juiz Baltasar Garzón cometeu abuso de poder ao iniciar investigações sobre crimes cometidos durante a ditadura do general Francisco Franco (1936-1975) abriu espaço para uma série de depoimentos históricos nesta quarta-feira (1º/02).
A Justiça da Argentina retoma, a partir da segunda semana de fevereiro, o julgamento de vários processos contra ex-militares e civis acusados de cometer crimes contra a humanidade, como assassinatos e tortura, durante o período do regime militar (1976-1983). A ditadura argentina é apontada como uma das mais sangrentas da América Latina, tendo deixado um saldo estimado de 30 mil mortos.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo exaltou o golpe militar de 1964 em uma seção na sua página oficial na internet. O golpe é tratado como uma “Revolução”, “desencadeada para combater a política sindicalista de João Goulart”. Em seguida, a SSP diz que, durante o golpe, “Força Pública e Guarda Civil puseram-se solidárias às autoridades e ao povo.”
A frase inesperada congelou a plateia colorida de azul, branco e marrom cáqui que lotava na segunda-feira, 12 de dezembro, o Salão San Martín, o espaço nobre do Edifício Libertador, sede do comando do Exército em Buenos Aires. Perfilados diante do ministro da Defesa, Arturo Puricelli, os brigadeiros, almirantes e generais do Alto Comando das Forças Armadas argentinas ouviram, crispados, a sentença súbita e cortante da autoridade que subvertia o rígido protocolo castrense:
Ele caçou Augusto Pinochet e perseguiu membros da ditadura argentina. Poderia se aposentar em paz, mas, ao atacar o passado franquista de seu país, a Espanha, o juiz Baltasar Garzon enfrentou obstáculos que, com certeza, não previa.
O Tribunal de Apelações do Capital Criminal e Correcional Federal da Argentina localizou, no ano passado, mais de 40 corpos enterrados sem identificação durante a ditadura militar. A procura das vítimas da ditadura argentina nos anos 1970 faz parte das medidas tomadas para dar satisfação às famílias de milhares de desaparecidos.
“Elis era temperamental. Não levava desaforo para casa”. Essas duas frases viraram clichês para definir a personalidade de Elis Regina (1945-1982). Alguns viam nisso a força que ela sempre impôs para a sua carreira. Outros enxergam suas atitudes com reservas. O certo é que Elis, cuja morte completa 30 anos nesta quinta-feira (19), comprava não só suas brigas, como as dos outros também.
Memória de Neblina, a nova obra do curitibano Luiz Manfredini, lançada em novembro de 2011, é antes de tudo um romance inesperado. Inesperado pela construção da narrativa, inesperado pela emocionante história, inesperado pela busca de uma memória já quase esquecida por boa parte da atual geração juvenil. Inesperado sim, mas para quem não conhece Luiz Manfredini.