Antônio Pinheiro Salles conta como foi perseguido pelo regime militar. “Lamento que a sociedade em que a gente vive ainda permita a barbárie com relativa naturalidade.”
Agora são nove denúncias oferecidas pelo MPF sobre crimes praticados à época no Araguaia
O AI-5 deixou uma ferida até hoje aberta no coração da nação brasileira.
O rabino Henry Sobel morreu na manhã nesta sexta-feira (22), aos 75 anos, em Miami (EUA), vítima de complicações associadas a um câncer no pulmão. Rabino emérito da Congregação Israelita Paulista (CIP) e uma das principais lideranças judaicas no Brasil, Sobel sobressaiu como uma “voz firme em defesa dos direitos humanos”, conforme nota divulgada pela família. Sob o regime militar (1964-1985), ele ousou desafiar a ditadura para denunciar o caso do jornalista Vladimir Herzog.
O cantor goiano Itamar Correia recebeu o apoio do deputado Renildo Calheiros (PE) e da deputada Jandira Feghali (RJ), ambos do PCdoB, ao comparecer à Câmara dos Deputados para denunciar censura a show que faria na cidade de Goiás, a 148 Km de Goiânia (GO). A apresentação homenageia mortos e desaparecidos, vítimas da ditadura militar no estado
As centrais sindicais criticaram, em nota divulgada nesta quinta-feira (31), as novas declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, que acenou com “um novo A1-5” contra as esquerdas e o povo.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) não se cansa de ameaçar a democracia. O novo episódio foi divulgado nesta quinta-feira (31), em uma entrevista concedida à jornalista Leda Nagle, em seu canal no Youtube. Em quase uma hora de entrevista, Bolsonaro volta a defender uma ditadura no país e “um novo AI-5”, caso a esquerda “radicalize”.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
A Justiça Federal recebeu denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-delegado Cláudio Antônio Guerra, do Dops, por ocultação e destruição de 12 cadáveres durante a ditadura. Hoje com 79 anos, Guerra, que agora se torna réu, admitiu em depoimento ter incinerado corpos de militantes políticos, entre 1974 e 1975, em fornos da Usina Cambahyba, em Campos, na região do Norte Fluminense.
O Ministério Público Federal entrou com uma ação contra o decreto do presidente Jair Bolsonaro que determinou a substituição de quatro dos sete integrantes da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP). O pedido – que solicita a anulação do decreto – tramita na 3ª Vara da Justiça Federal de Porto Alegre e visa recuperar as funções da Comissão (criada para investigar os desaparecimentos e mortes durante a ditadura militar no Brasil).
O deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE) é um dos ex-estudantes da UFPE que foram acompanhados pelo Serviço Nacional de Informações (SNI). Isso não é novidade, mas documentos da UFPE divulgados recentemente mostram detalhes de como os militares interferiram na vida acadêmica da instituição de ensino.
Sob sinais de esgotamento da ditadura militar, em 29 de agosto de 1974, o presidente militar Ernesto Geisel anunciou, em uma entrevista coletiva, a linha que seguiria seu governo: “a distensão lenta, segura e gradual do regime”. Cinco anos depois, já no governo de seu sucessor, João Baptista Figueiredo, a lei da Anistia foi a ação mais emblemática deste processo que culminou com o fim da ditadura em 1985.
Por Carolina Maria Ruy*
Depois da polêmica com acusações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) contra o desaparecido político Fernando Santa Cruz, pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, documentos históricos mostram que o próprio Estado já inocentou Santa Cruz. Os documentos foram pesquisados pelo jornalista Eumano Silva e divulgados nesta segunda-feira (19) pelo portal Metrópoles.