No dia 14 de agosto do 1965, ano seguinte ao golpe, o então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, enviou a seus superiores um telegrama então classificado como altamente confidencial – agora já aberto a consulta pública. A correspondência narra encontro mantido na embaixada entre Gordon e Roberto Marinho, o então dono das Organizações Globo. A conversa era sobre a sucessão golpista.
Dentro da programação da Comissão Estadual da Verdade pelos 50 anos do golpe militar de 1964, a Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP-Fase) está apresentando, até 30 de junho, no centro cultural da instituição, a exposição Fica Decretado que Agora Vale a Verdade. A entrada é gatruita ao público, que poderá visitar e participar da mostra de segunda-feira a sábado.
A Caravana da Anistia é uma iniciativa da Comissão da Anistia que se propõe a resgatar, preservar e divulgar temas como a anistia política, a democracia e a justiça de transição, além de valorizar o papel de diferentes atores sociais que foram politicamente perseguidos entre os anos de 1946 e 1988, objetivando contribuir para a conservação e consolidação do Estado Democrático de Direito no país, conforme o preâmbulo da solenidade.
O documentário Democracia em Branco e Preto, que será exibido na edição de 2014 da mostra competitiva do Festival É Tudo Verdade nos dias 5 e 6 de abril, no Rio de Janeiro, e 10 e 11, em São Paulo. O longa dirigido por Pedro Asbeg numa co-produção entre a ESPN Brasil, a TV Zero e a Miração Filmes, chega às telas exatamente na época em que o Brasil relembra os 50 anos do golpe de 1964 e os 30 anos da campanha das Diretas Já, em 1984.
Debate realizado nesta sexta-feira (4) sobre a interferência de ditaduras latino-americanas no futebol, especialmente nos anos 1970, recaiu sobre a polêmica em torno dos movimentos contrários à realização da Copa do Mundo deste ano, no Brasil.
Há dois anos, a reportagem entrava na mesma casa de onde o escritor moçambicano Mia Couto dirige sua empresa de consultoria ambiental, seu “outro trabalho”. Há dois anos, observava, nas paredes, obras do seu amigo Malangatana, o artista plástico de Moçambique de maior prestígio no mundo, morto em 2011.
A Câmara Municipal de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, realizou um ato em que restituiu simbolicamente os mandatos de prefeitos e vereadores cassados pelo Golpe Militar, em 1964.
No dia 18 de março, a atriz Fernanda Azevedo, da Kiwi Cia. de Teatro, recebeu o prêmio de melhor atriz na 26ª edição do Prêmio Shell, em São Paulo. A premiação se relacionou ao seu trabalho na peça Morro como um país, que esmiúça os elementos constitutivos da ditadura brasileira – e de outras ditaduras do século 20 – e os relaciona com suas permanências no presente.
A 81ª edição da Caravana da Anistia da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça será realizada nesta sexta-feira (4), na Câmara Municipal da capital paulista. A atividade acontece no Plenarinho, às 14h30, será aberta ao público.
O Tuca (Teatro da Universidade Católica) de São Paulo foi palco, na noite desta quarta-feira (2), de um grande ato em homenagem aos milhares de militantes que durante os 21 anos de ditadura militar resistiram e lutaram por liberdade e justiça. A atividade contou ainda com a inauguração do monumento Nunca Mais, em homenagem aos mortos e desaparecidos no período de 1964 a 1985 pelo regime imposto.
Por Mariana Serafini, do Vermelho
A líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), afirma que a revisão da Lei da Anistia é essencial para que a justiça seja feita. E, com esse objetivo, a bancada do PCdoB na Câmara apresentou, nesta quarta-feira (2), o projeto que exclui da Lei da Anistia os agentes públicos – civis e militares – que tenham praticado crimes de tortura, sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver, durante o período por da ditadura militar.
O PCdoB protocolou na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (2), o projeto que destitui o mandato dos presidentes militares eleitos indiretamente pelo Colégio Eleitoral durante a ditadura militar. A líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), afirma que é preciso declarar ilegais as sucessivas eleições indiretas para Presidente da República de generais-ditadores.