O coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra morreu nesta quinta-feira (15) em decorrência de um câncer. Ustra, no entanto, foi o responsável pelo maior câncer da história recente do país. Ele foi o chefe do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna, mais conhecido como DOI-Codi, em São Paulo, o órgão de repressão política durante a ditadura.
Os nomes de algumas pessoas desaparecidas ou mortas pelo regime militar, logo após o golpe de 1964 que depôs o presidente João Goulart, foram lidos neste sábado (23), no pátio da 36ª Delegacia da Polícia Civil de São Paulo, na Rua Tutoia, 921, no bairro do Paraíso.
Em 20 de julho de 1969 o astronauta Neil Alden Armstrong, comandante da missão Apolo 11, foi o primeiro homem a pisar na Lua. No mesmo dia, Newton Leão, estudante e ativista político da Ação Libertadora Nacional, foi preso pela ditadura militar no Rio de Janeiro.
Militantes de movimentos sociais fizeram um ato, na noite de desta sexta-feira (21), em frente ao prédio onde funcionou o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na Rua da Relação, no centro do Rio de Janeiro. Eles reivindicam que o imóvel, atualmente em reforma para ser transformado em Museu da Polícia Civil, seja destinado a um espaço de memória das vítimas da ditadura, da resistência e das lutas sociais.
"Sentimento de orgulho cidadão" – assim a filha do deputado Rubens Paiva, Vera Paiva, definiu o que a família sentiu ao ouvir um discurso inédito do então deputado, feito na madrugada do dia 1º de abril de 1964 (com o golpe militar em andamento desde o dia anterior), na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaa) aprovou nesta segunda-feira (27), por unanimidade, o tombamento das instalações do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), na rua Tutóia, no Paraíso.
A Subcomissão da Memória, Verdade de Justiça do Senado vai reforçar os pedidos já feitos ao governo do Estado de São Paulo para o tombamento histórico do antigo prédio do DOI-Codi do 2.º Exército. Apontado por ex-presos políticos e militantes de direitos humanos como o primeiro e mais temido centro oficial de tortura do país nos anos da ditadura, o local abriga o 36.º Distrito Policial da capital paulista.
Por Roldão Arruda*, em seu blog
Às 8 horas da manhã do dia 25 de outubro de 1975, Vladimir Herzog apresentava-se voluntariamente ao DOI-Codi de São Paulo. Suspeito de integrar o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e indisposto a colocar em prática na TV Cultura um jornalismo servil ao Estado, Herzog não sairia com vida do prédio localizado na rua Tomás Carvalhal, 1030, no bairro do Paraíso.
Por Ricardo Rossetto*, na CartaCapital
O coronel Walter Jacarandá, da reserva do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, admitiu nesta quarta-feira (14), ter participado de sessões de tortura no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Interna) do 1º Exército do Rio em 1970. Ele presta depoimento conjunto às Comissões Estadual e Nacional da Verdade na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj).