Na tentativa de cumprir a meta de déficit primário de R$ 159 bilhões e o teto de gastos em 2018, o governo deverá aprofundar a redução de gastos com investimentos e custeio da máquina pública. Os cortes, além de prejudicarem a população – em especial a parcela mais vulnerável que depende de políticas públicas -, atrapalham o crescimento. “Um país que não investe, não tem como desenvolver sua economia”, alerta a assessora política do Inesc, Grazielle David.
Por Joana Rozowykwiat
Márcio Pochmann, Reginaldo Moraes, Carlos de Assis e Luiz Gonzaga Belluzzo fazem um contraponto aos argumentos do Banco Mundial pela reforma da Previdência.
O PSDB apresentou nesta terça (28) as diretrizes do programa partidário, que deve pautar sua candidatura ao Planalto. O texto, além de exaltar os governos FHC, propõe um “choque de capitalismo” e ações como ampliar privatizações e rever o acesso dos mais ricos a serviços públicos gratuitos. Para o economista Guilherme Mello, após 15 anos, a sigla voltou a ter coragem de defender o impopular “legado” da década de 1990. Resta saber se também reconhecerá como seu o saldo negativo da gestão Temer.
O livro de Mark Blyth, recém-lançado no País, mostra que a austeridade não passa de um programa de distribuição de renda e riqueza ao contrário.
Por Pedro Rossi*
O Banco Mundial acaba de lançar um relatório que analisa a eficiência e equidade do gasto público no Brasil. O economista do IPEA José Celso Pereira Cardoso Junior analisa o relatório e refuta a defesa que o organismo faz dos cortes de despesa pública, sobretudo na área social. O economista mostra que o documento é muito mais uma peça de apoio às reformas neoliberais do governo Temer, que uma análise técnica do atual estágio das contas públicas nacionais.
“Precisamos equilibrar as contas públicas, afinal, o Estado não pode gastar mais do que arrecada”. Essa simples e – aparentemente – despretensiosa frase tem dado legitimidade para grande parte das políticas econômicas do Estado brasileiro.
Por Juliane Furno*
O ministro do Comércio do Reino Unido, Greg Hands, fez lobby com o governo brasileiro para beneficiar grandes companhias petrolíferas britânicas, especificamente a BP, a Shell (anglo-holandesa) e a Premier Oil. A revelação foi feita pelo jornal The Guardian no último fim de semana.
Apesar do Congresso Nacional ter autorizado um orçamento de cerca de R$22 milhões para as políticas de promoção da igualdade racial (Programa 2034) em 2017, até ontem (20), Dia Nacional da Consciência Negra, apenas R$ 1,4 milhão (6%) desse recurso tinha sido executado. Nenhum centavo foi gasto, por exemplo, com o Disque Igualdade Racial, que atende vítimas de racismo.
O país criou 76.599 vagas com carteira assinada em outubro (crescimento de 0,20% no estoque, de 38,5 milhões), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O resultado divulgado nesta segunda-feira (20) é positivo, mas mostra também que o salário médio dos contratados (R$ 1.463,12) é menor do que o recebido pelos demitidos (R$ 1.675,95), ambos caindo em relação a setembro.
O mea-culpa tardio de Olivier Blanchard e Lawrence Summers, corifeus da velha matriz econômica.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo*
Após publicação de medida provisória, regras ficaram mais claras e empregadores podem adotar o trabalho intermitente já nas contratações de fim de ano.
A classe média no mundo só faz crescer e hoje é formada por mais de 3 bilhões de pessoas, o que equivale a 40% da população global. O Brasil, contudo, vai na direção oposta. Depois da explosão dessa parcela da população entre 2000 e 2014, o país reduziu o número de famílias no segmento C, em meio à grave recessão. Em 2015 e 2016 mais de 4 milhões de famílias passaram às classes D e E.