Na nova onda neoliberal, não se aceita mais a política de conciliação com o trabalho. O Consenso de Washington nunca esteve tão em voga.
Por João Sicsú*
Deu na Folha: "A Bolsa atingiu o maior patamar de sua história nesta segunda(11). O Ibovespa subiu 1,7%, atingindo 74.319 pontos.Foi a primeira vez que o índice das ações mais negociadas superou 74 mil pontos". Lida de forma corrida parece ser boa notícia. Somada ao estardalhaço feito pela grande imprensa em torno da "retomada econômica", parece que estamos reagindo e superando a crise. A questão é que a conta não fecha, e a realidade é outra.
Por Ricardo Cappelli*
Em debate na USP, economistas avaliam conjuntura econômica do país, consideram "péssimas" as perspectivas da indústria nacional e "grave" a falta de políticas de investimento, sem as quais afirmam que o crescimento não voltará.
A divulgação no último dia 01/09 do crescimento de 0,2% do PIB no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior levou o presidente Temer a afirmar que o "Brasil está crescendo, está se recuperando"[1], e a festejos e autocongratulações dos apoiadores do governo no Congresso e nos meios de comunicação. Podemos concordar com ele e com, por exemplo, a revista Exame, que anuncia que o "Brasil começa a consumar virada histórica na economia"[2]?
Por Emilio Chernavsky*
Um dos dos fundadores do PSDB e ex-ministro da Fazenda, o economista Luis Carlos Bresser-Pereira criticou o posicionamento dos mais ricos do País perante a mais grave recessão econômica da história do Brasil.
No início do mês, o IBGE anunciou que a economia brasileira teve uma alta de 0,2% no segundo trimestre deste ano em comparação com os primeiros três meses de 2017. No resultado acumulado de 12 meses, contudo, os números continuam negativos, somando um recuo de 1,4%. E não é só isso. A discreta retomada, embora tão alardeada, não é realidade para todos. É lenta, causada por fatores pontuais e desigual. Das 27 unidades da federação, sete devem ter queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017.
Apesar de conseguir elevar o rombo fiscal para R$ 159 bilhões neste ano, o maior da história, ainda assim o governo Michel Temer poderá promover novos cortes no orçamento e paralisar o funcionamento da máquina pública. A perspectiva de um shutdown, como a paralisia é conhecida nos meios econômicos, vem no rastro da queda na arrecadação e na frustração de receitas, como a venda de ativos por meio leilões.
Professor da Unicamp e especialista em bancos públicos defende política integrada. Questão não é mudar os juros do BNDES, é a Selic ser muito alta.
Em seu trabalho mais recente, Governos Lula: a era do consumo?, o economista João Sicsú, do Instituto de Economia da UFRJ, distingue os modelos de estímulo à economia nos governos Lula e Dilma, defendendo que o ciclo de governos progressistas caracteriza-se mais pelo alto investimento para dinamizar a economia, do que pelo estímulo puro e simples do consumo.
Durante os dias 5 e 6 de setembro o Conselho de Política Monetária (Copom) deverá realizar sua 209ª Reunião Ordinária. Como acontece a cada 45 dias, os integrantes da diretoria do Banco Central do Brasil assumem um uniforme distinto e debatem a respeito das diretrizes de política monetária do governo. Em particular, os diretores travestidos de conselheiros decidem quanto ao patamar da taxa oficial de juros, a Selic.
Por Paulo Kliass*
A Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal) divulgou nota nesta sexta-feira (1) afirmando que mesmo diante da "índice ligeiramente positivo do PIB nacional, é preocupante diagnosticar que a indústria permanece em recessão". A posição da entidade repercute a variação do Produto Interno Bruto divulgado nesta seta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além de prejudicar na esfera pessoal, trazendo sofrimento e traumas, esse tipo de ataque se estende para a esfera social e prejudica a economia, uma vez que impede o sucesso profissional das trabalhadoras. Apesar do feminicído já constar como crime hediondo, os crimes ligados ao machismo continuam. Em depoimentos para o Portal Vermelho, Helena Frota e Flávia Biroli explicam onde reside o embrião da violência- e quais são as medidas necessárias para combate-la
Por Alessandra Monterastelli *