O cenário atual na economia brasileira é de aumento explosivo da dívida pública, destruição do parque industrial, quedas expressivas no investimento público – em especial, nas áreas sociais, aumento do desemprego e diminuição da renda da classe trabalhadora, além de crescimento nos índices de pobreza extrema da população. Este quadro foi apontado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) na tribuna do Senado.
A imposição de cotas pelos Estados Unidos para a importação de aço do Brasil deve reduzir em até 60% as vendas de produtos siderúrgicos para os norte-americanos, a depender da categoria. Os EUA são destino de um terço das exportações brasileiras de aço, que, em 2017, renderam US$ 2,5 bilhões. Segundo Marcelo Toledo, secretário de Formação da Fitmetal, ainda não há estimativas consolidadas, mas a previsão é de que as restrições podem deixar cerca de 300 mil trabalhadores sem emprego.
O investimento público no Brasil despencou em 2017 e chegou ao menor nível em 50 anos, 1,17% do Produto Interno Bruto (PIB) – reflexo de uma estratégia de redução do tamanho do Estado e ajuste fiscal apenas pelo lado da despesa. Os valores aplicados não são mais suficientes nem mesmo para garantir a conservação das estradas, prédios e maquinários do poder público. Para o economista Sérgio Gobetti, em momento de recessão, o corte foi indevido e pode atrasar ainda mais a recuperação.
A violência e a amplitude do colapso financeiro não afetaram os poderes do establishment e o protagonismo de seus ideólogos.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo*
Compras de empresas são destino preferencial do investimento direto estrangeiro almejado por economias sem recursos para se desenvolver.
Por Carlos Drummond
A única certeza que se pode ter a respeito do quadro eleitoral de outubro próximo é uma profunda incerteza que paira a seu respeito. Longe de ser mero trocadilho com propósito retórico, o fato é que o cenário segue bastante indefinido e as alternativas possíveis que se colocam como desdobramentos da situação atual são inúmeras.
Por Paulo Kliass*
Brasil precisa de normas para regular os reguladores e não travar a administração.
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira
Diante dos cortes de investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e das recentes mudanças na Constituição de 1988, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) participou do debate “SUS e o Pacto Federativo”, realizado pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF).
Depois de a Operação Lava Jato aniquilar a indústria de óleo e gás do país, a Carne Fraca vai no mesmo caminho no que diz respeito aos frigoríficos brasileiros. A União Europeia anunciou que vai proibir 20 estabelecimentos brasileiros de exportarem carne para o continente. A decisão ocorre mais de um ano após o escândalo deflagrado pela Operação da Polícia Federal.
A edição do Plano Real em 1994 marcou o início de uma nova fase de coordenação dos instrumentos de política macroeconômica em nosso País. Após uma série de tentativas não exitosas de controle das altas taxas de inflação que marcou as décadas de 1980 e 1990, finalmente a dinâmica econômica e social passou a responder positivamente às mudanças do novo padrão monetário.
Por Paulo Kliass*
Quando as elites se opõem à direção do gasto público, não há mais política de conciliação. Os cortes não são para tornar o Estado mais eficiente. O 1% iniciou o ataque aberto aos 99% e o campo progressista precisa entender que o pacto acabou.
Por Gustavo Noronha*
O País é único caso de nação grande e populosa a entregar incondicionalmente seu mercado ao capital internacional.
Por Carlos Drummond