O governo projeta que a economia deve crescer 3% em 2018. Mas os primeiros números do ano, a incerteza política e a ausência de medidas para estimular a atividade têm deixado analistas pouco otimistas. Apesar de Michel Temer ter celebrado com entusiasmo o avanço de 1% do PIB em 2017, a recuperação do mercado de trabalho segue tímida, ancorada na informalidade. Para Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, é possível que o país volte a crescer com um nível de desemprego ainda mais elevado.
O presidente Michel Temer confirmou nesta segunda-feira (26) que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vai deixar a pasta em breve, para tentar se viabilizar como candidato à Presidência da República. O governo ainda não informou quem irá substituí-lo. Queridinho do mercado financeiro e símbolo do desmonte do Estado, Meirelles deve filiar-se ao MDB, segundo confirmou o titular da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Juro alto dá lucro aos ricos, enquanto nova lei trabalhista tira renda dos pobres, segundo novo presidente da entidade.
Por André Barrocal
Comemorado pelo governo, o crescimento de 2017 é enganoso: perderam-se mais de 680 mil ocupações com carteira assinada no setor privado e abriram-se quase 600 mil vagas sem carteira. O índice de Gini aponta para aumento da desigualdade.
Por Fabrício Pitombo Leite*
Agora só falta vender a Petrobras, a Eletrobras e o Banco do Brasil para os estrangeiros.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo
Consumidores lembraram casos de exploração dos trabalhadores de confecções contratadas pelo empresário Flávio Rocha, dono da rede de lojas.
Uma das maiores dificuldades para se transformar uma realidade portadora de injustiça e desigualdade é o seu processo de “naturalização” e sua aceitação de forma passiva por parte de setores expressivos da sociedade. Fenômeno semelhante tem ocorrido ao longo das últimas décadas com a tendência à financeirização em nossas terras.
Por Paulo Kliass*
Contrariando o otimismo do governo, a economia brasileira começou o ano de 2018 em contração. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,56% na comparação entre janeiro e dezembro. Os dados são mais um sinal de que, embora a economia tenha saído tecnicamente da recessão em 2017, registrando um pífio crescimento de 1%, o país ainda está distante de uma recuperação forte e sustentada.
Desde que a doutrina neoliberal se espalhou pela América Latina, o México foi provavelmente o país que mais profundamente embarcou no canto da sereia que emanava de Washington. Apostou tudo na liberalização comercial, privatizou empresas e serviços públicos e abriu suas porteiras para o regozijo dos grupos financeiros internacionais.
Por Marcelo Manzano
Não é novidade a tese de que a economia brasileira entrou no século 21 com um projeto de inserção externa baseado na exportação de bens primários, as chamadas commodities. Tampouco é novidade a perda relativa de importância das manufaturas, tanto nas exportações quanto no Produto Interno. As fontes empíricas tanto do Comércio Exterior quanto das próprias Contas Nacionais são pródigas em demonstrar ou corroborar essas proposições.
Por Guilherme Delgado*
De 13,7% no 1º trimestre de 2017, a taxa de desocupação recuou para 11,8% no último trimestre do ano. Essa queda, porém, é explicada integralmente pela criação de postos de trabalho com pouca ou nenhuma proteção social.
Por Tiago Oliveira
A polarização política exprime a ruptura das relações entre o mercado e os direitos dos desfavorecidos.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo*