A primeira audiência pública da comissão especial que trata da privatização da Eletrobras foi marcada pela apatia dos que defendem a proposta. Enquanto Wilson Ferreira Junior, presidente da estatal, tentava convencer os parlamentares de que a ideia defendida pelo governo Temer é boa, deputados da Oposição apontavam os prejuízos do PL 9463/18.
Por Christiane Peres
Apesar de avançar com dificuldade no Congresso, a privatização da Eletrobras continua na mira do governo. No entanto, para evitar mais ruídos, o Executivo tem “pisado em ovos” em relação à edição de um decreto sobre o tema.
O setor elétrico estatal amanheceu paralisado na manhã desta segunda-feira, 16, em defesa da maior empresa de energia da América Latina. Em Brasília, o Dia Nacional de Luta contra a Privatização da Eletrobras contou com a participação de trabalhadores e movimentos populares em um grande ato em frente ao Ministério de Minas e Energia.
A privatização da Eletrobras e das empresas que fazem parte do sistema estatal geraram protestos nesta segunda-feira (16) em diversos estados do Brasil. De acordo com a Federação Nacional dos Urbaitários (FNU) trabalhadores da Eletrobras estão paralisados no Maranhão, Rio de Janeiro, Piauí, Tocantins, Sergipe, Acre, Rondônia, Paraná, Bahia, Amapá, São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco, Roraima, Amazonas e Ceará. A paralisação não vai interferir nos serviços à população.
O relator do projeto que propõe a privatização da Eletrobras, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), adiou a apresentação do relatório sobre o PL para o início de maio. O plano inicial era apresentar no próximo dia 17. No entanto, a proposta está travada na comissão especial. O colegiado demorou quase um mês para conseguir marcar uma audiência pública.
Um dia depois da posse dos novos ministros de Temer, a nomeação de Moreira Franco ao Ministério de Minas e Energia é vista como um balde de água fria na tentativa de privatizar a Eletrobras. Com um diálogo limitado no Parlamento, Franco pode encontrar dificuldade em articular o andamento das matérias no Congresso.
Por Christiane Peres
A privatização da Eletrobras é a nova “menina dos olhos” do governo Temer. No entanto, assim como ocorreu com a Reforma da Previdência (PEC 287/16), a proposta pode subir no telhado e ficar marcada como a segunda grande derrota do presidente ilegítimo no Congresso. Se depender das articulações de parlamentares (inclusive alguns da base aliada) e dos eletricitários, a derrota de Temer é certa e não demorará para ser concretizada.
Por Christiane Peres
O velho discurso da privatização quase sempre impõe ao Estado todos os fracassos e à iniciativa privada todas as virtudes. A privatização da telefonia é utilizada como argumento de êxito para viabilizar a venda de outras estatais. No entanto, para o presidente do Sinttel, Brígido Ramos, a telecomunicação se tornou um sistema fracassado.
Os caminhos do desenvolvimento do setor elétrico brasileiro estão intimamente ligados às opções políticas e econômicas do próprio País.
Por Ikaro Chaves*
O governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP) avança com o seu projeto de entregar o patrimônio público brasileiro à iniciativa privada, ignorando o serviço prestado pelas empresas públicas à população e a importância delas para a soberania nacional.
Em meio a desentendimentos, a comissão especial que analisa o Projeto de Lei (PL 9463/18), que trata da privatização da Eletrobras, tem previsão de reuniões importantes na próxima semana.
Por Hylda Cavalcanti, da RBA
O golpe impôs uma dura pauta de retirada de direitos e dilapidação da soberania e do patrimônio nacional. O próximo ataque atende pelo nome de privatização da Eletrobras. Neste, temos pautado nosso discurso em duas frentes: a preocupação com o aumento das tarifas e com o fim do regime de cotas. A primeira de fácil diálogo com a sociedade. A segunda uma bandeira que ainda não está clara para todos.
Por Jandira Feghali*