No mesmo dia que a imprensa espanhola noticiou amplamente as regras europeias para salvar os bancos da Espanha, chega a Madri um grupo de 160 vítimas da crise. Originários de Astúrias, León e Palencia (províncias do norte do país), os mineiros caminharam mais de 400 quilômetros, durante 19 dias, debaixo de sol e de chuva, em trajetos que chegaram a durar nove horas.
Apesar de ter sido alardeado pelo governo de Mariano Rajoy como um acordo extremamente vantajoso para a Espanha, o empréstimo da UE (União Europeia) para o país será vinculado a diversas obrigações orçamentárias e de políticas macroeconômicas.
A Espanha anunciará em breve um novo plano de ajuste para tentar reduzir seu déficit público, confirmou nesta quinta o ministro de Assuntos Exteriores, José Manuel García-Margallo.
Uma organização criminosa de aliciadores de mulheres foi presa em 24 de junho, em Ibiza, numa cooperação entre a Polícia Eivissa (Espanha) e Polícia Federal do Brasil. A investigação se iniciou após registro de denúncia na Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), no início de junho.
Numa carta, praguejada de erros e com redação deplorável, a Espanha entrega-se uma vez mais aos poderes financeiros e submete-se a um desígnio que imola os interesses nacionais no altar dos mesmos grandes banqueiros que provocaram o dano que sofremos.
Por Juan Torres López
Os dois principais sindicatos da Espanha – Comissões Operárias e União Geral de Trabalhadores (UGT) -, realizam nesta quarta (20) manifestações em todo o país contra os cortes sociais do governo conservador de Mariano Rajoy.
Depois de arranjar a grana para salvar seus bancos, os espanhóis pagam juros mais elevados nos títulos de dívida do governo. Os mercados torcem o nariz para a forma adotada para o resgate: empréstimo de 100 bilhões de euros vai ser canalizado através de um fundo público e a economia da Ibéria escorrega para a recessão. Resultado: cresce a relação dívida/PIB, atiçando mais combustível à fogueira da desconfiança.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo*
A imprensa titulou: "A Espanha pediu ajuda financeira para recapitalizar a banca". As centrais de (des)informação apressaram-se a chamar-lhe um "resgate suave" ou "descafeinado" (nas palavras de um jornal espanhol), pois não se trataria de um "resgate" similar aos efectuados em Portugal, Irlanda ou Grécia e portanto não haveria lugar a "austeridade".
Por Ângelo Alves*
Embora o Primeiro-Ministro Mariano Rajoy e líderes do PP – o partido que está no poder – façam de tudo para tentar tapar o sol com a peneira, o fato é que o “resgate”, aprovado no fim de semana, ficará na história como uma intervenção branca da Comissão Européia na economia espanhola, a fim de evitar a quebra do país.
O sistema bancário europeu está curvando sob o peso da crise. Enquanto a crise se chamava Grécia, Portugal ou Irlanda, a União Europeia foi empurrando o problema com seus planos de ajuste e de austeridade. A Espanha é o limite.
Por Marcelo Justo, de Londres
A Espanha é o segundo país que mais investe na América Latina e o retorno desses investimentos tem dado fôlego a empresas espanholas que enfrentam dificuldades em casa. Com o aprofundamento da crise financeira no país, porém, a dúvida é se algumas companhias espanholas seriam obrigadas a se desfazer dessas “joias da coroa".
A opinião nacional aprovou a decisão da presidenta Dilma Rousseff de mencionar, em seu discurso no Itamaraty, na saudação ao Rei Juan Carlos, as dificuldades dos brasileiros que chegam à Espanha, ou por ela transitam. O monarca não tinha como responder, se não como o fez, dizendo que os brasileiros são bem vistos naquele país. É provável que assim não pense exatamente o Rei, mas ele se encontra en mission.
Por Mauro Santayana, em seu blog