Por mais que o PSOE busque recuperar o discurso, seus porta-vozes de hoje estão afônicos. Mas a Espanha não é um caso isolado. A esquerda está nas ruas, com os indignados do mundo inteiro, mas sem líderes, sem projetos e sem programas.
Por Mauro Santayana, em seu blog
Com a abertura das urnas, começaram neste domingo (20) as eleições gerais na Espanha, marcadas pela pior crise econômica em décadas. Nestas eleições, a direita emerge como favorita, depois de quase oito anos de governo social-democrata.
"Com um desemprego de 22% em seu país (no Brasil o desemprego é de 6.7%), uma dívida externa de 160% do PIB (a do Brasil é de 14%), e menos de 30 bilhões de dólares em reservas internacionais (as do Brasil são de 350 bilhões)a imprensa da Espanha, talvez com o senso de realidade afetado pela crise, está anunciando, com grande estardalhaço, que hoteleiros cariocas – muitos deles estrangeiros – estariam dispostos a trazer milhares de espanhóis para o Brasil". Artigo de Mauro Santayana.
A lendária dirigente comunista argentina Fanny Edelman deixou de viver neste 1º de novembro. Nascida em 27 de fevereiro de 1911, tinha completado cem anos. Foi uma mulher que viveu intensamente seu tempo, os problemas do século 20 e a luta pelo socialismo e pela democracia, registrados no livro de memória “Bandera, Pasiones, Camaradas” (Buenos Aires, 1996). Sua militância comunista, contra a opressão da mulher, pela paz, transformou Fanny num símbolo da luta em nosso continente.
A coalizão espanhola Esquerda Unida (EU) iniciou nesta sexta-feira (4) sua campanha para as eleições gerais do próximo dia 20 de novembro, com o olhar nos desencantados com a guinada para a direita do PSOE.
O desemprego na Espanha subiu para 21,52% no terceiro trimestre deste ano, chegando a 4.978.300 de pessoas, segundo a Enquete de População Ativa (EPA) divulgada nesta sexta-feira (28). Este é o maior índice desde o registrado no quarto trimestre de 1996, quando foi de 21,6%.
Em entrevista ao jornal espanhol El Periodico, o presidente do Partido Popular espanhol, Mariano Rajoy, rejeitou hoje (23) "qualquer diálogo" com o grupo separatista basco ETA, que anunciou semana passada o fim da luta armada. O grupo luta pela independência do País Basco.
A organização separatista basca ETA anunciou nesta quinta-feira (20) que "decidiu o fim definitivo de suas atividades armadas", segundo um comunicado divulgado na edição digital do jornal basco Gara.
A coalizão Esquerda Unida (IU) exigiu nesta quinta-feira (13) que se submeta a referendo a decisão da Espanha de abrigar na base de Rota (Cádiz) o componente naval do escudo antimísseis da Otan.
Os indignados espanhóis, provenientes do movimento 15-M, anunciaram uma grande marcha que deverá tomar as ruas de 60 cidades da Espanha e de outros 45 países no próximo sábado (15). Ao todo, deverão ser 350 protestos, espalhados pelos cinco continentes.
A Esquerda Unida, criticou neste domingo (9) as políticas neoliberais dos dois partidos majoritários da Espanha, PSOE e PP, e fez uma conclamação ao apoio da população nas eleições geais de novembro próximo para deter a ofensiva do capitalismo.
Enquanto por toda a Espanha cresce o número de apartamentos e casas cujos moradores foram despejados por falta de pagamento da hipoteca ou do aluguel, milhares de famílias, muitas imigrantes, vivem nas ruas ou amontoadas em cômodos precários.
Por Tito Drago, da agência IPS