Nos últimos dias, os rendimentos dos títulos soberanos espanhóis dispararam. Ontem, os papéis com prazo de dez anos ultrapassaram os 6% no mercado secundário. Isso implica um forte aumento do custo de refinanciamento de dívida antiga e de captação de dinheiro novo e coloca a Espanha como "bola da vez" da crise financeira, no mesmo caminho da Grécia, Irlanda e Portugal.
O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou nesta sexta (29) a antecipação das eleições gerais para 20 de novembro. A medida visa restabelecer clima de confiança diante da atual conjuntura econômica.
O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, justificou hoje as medidas de ajuste tomadas pela Espanha e Reino Unido para enfrentar a crise, apesar da insatisfação popular gerada nos dois países.
Centenas de manifestantes provenientes de toda a Espanha se preparam para realizar uma passeata de protesto neste domingo pelo centro de Madri, reivindicando mudanças políticas, econômicas e sociais no país. Os integrantes do movimento 15-M chegaram no sábado à capital espanhola após um mês de mobilização e planejamento, fazendo assembleias e recolhendo propostas.
O secretário geral do sindicato espanhol CCOO (Comissões Operárias), Ignacio Fernández Toxo, crticou nesta sexta (22) o chefe do governo, José Luis Rodríguez Zapatero, pela estratégia de reduzir deficit público em detrimento dos direitos sociais e trabalhistas. Toxo qualificou o ato como "um ataque ao bem-estar do Estado".
Em três anos de crise, a pobreza e a exclusão social se alastram na Espanha, como há muito não se via. Segundo um estudo da Caritas, entre 2007 e 2010, a recessão e o desemprego produziram 800 mil novos excluídos.
Pois é. O país é bonito. As pessoas são simpáticas. É a terra da arte de Picasso, Goya e Dalí, do cinema de Pedro Almodóvar, do bicampeão de Fórmula 1 Fernando Alonso, da atual seleção campeã do mundo no futebol.
Por Tatiana Nascimento, em seu blog
Desemprego é a principal preocupação de 84% dos habitantes da Espanha, por isso a chamada “rede social dos desempregados”, a Parabook, cresce rapidamente e serve de parâmetro para pesquisas de perfis socioeconômicos. Grande parte dos usuários não culpa o governo pela crise, mas o sistema financeiro, segundo declarações postadas no site.
Conhecidos juristas, artistas e intelectuais espanhóis fizeram um chamado para que se aproveite a mobilização popular, que tem tomado as ruas deste país contra o descrédito da política, para recuperar os ideais e reconstruir a esquerda.
Ao menos 150 mil manifestantes tomaram ruas das principais cidades da Espanha neste domingo (20) em protestos contra o alto índice de desemprego, as perspectivas econômicas e os políticos. Apoiado por diversos grupos sociais, o movimento reivindicativo 15-M saiu reafirmou sua indignação com o modelo político e econômico imperante na Europa.
Milhares de manifestantes protestaram este domingo (19) nas ruas de Madri e em quase uma centena de cidades espanholas, na primeira grande manifestação do Movimento 15-M desde seu surgimento há um mês.
Passados dias de relativo esquecimento dos protestos iniciados com o 15-M por parte dos meios de comunicação, até então mais preocupados em divulgar o resultado das eleições municipais espanholas, o movimento volta a estampar as páginas das principais agências de notícia do país.
Por Fabíola Munhoz, na Carta Maior