A reforma da saúde ressurgiu dos mortos. Muitos democratas se deram conta de que suas perspectivas eleitorais serão melhores se forem capazes de sinalizar uma realização concreta. A pesquisa de opinião sobre a reforma – que nunca foi tão negativa quanto se retratou – mostra sinais de melhora. E eu fiquei realmente impressionado com a paixão e a energia deste Barack Obama. Onde ele estava no ano passado?
por Paul Krugman, para o The New York Times*
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciou que os Estados Unidos restabelecerão a ajuda a Honduras, ao considerar que o governo Porfirio Lobo deu "passos importantes e necessários" que mereceriam reconhecimento. A posição de Washington em relação a Honduras foi dúbia desde a derrubada do presidente Manuel Zelaya e terminou ajudando a consolidar o golpe. A reaproximação, portanto, já era esperada.
Uma semana após países do continente decidirem criar a Comunidade de Estados da América Latina e Caribe – sem a presença dos Estados Unidos -, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton iniciou, nesta segunda (01), uma viagem pela região. Para além do discurso de 'estreitar laços', ela chega com o objetivo concreto de tentar recuperar a influência estadunidense por aqui. Sinalizando que buscará impor suas posições, a secretária já começou a pressão para o Brasil apoiar sanções ao programa nuclear iraniano.
O giro sul-americano da secretária de Estado norte-americana é um daqueles fatos ordinários que deve ser lido para além de sua aparente normalidade. Salvo se algo escapar do roteiro original, manterá um discurso público amigável e tratará de problemas delicados com punhos de renda. Mas nenhum observador atento deve cair na esparrela de que a senhora Clinton veio a passeio.
Por Breno Altman*, no Opera Mundi
A morte do preso político cubano Orlando Zapata, que permaneceu em greve de fome durante 85 dias, deflagrou uma série de protestos de governos e organizações de defesa dos direitos humanos na Europa e nos Estados Unidos. Hillary Clinton, falando ao Senado, declarou estar “profundamente consternada por seu martírio em defesa de seus direitos e para alertar sobre a situação e a opressão dos presos políticos em Cuba”.
Por Gilson Caroni*, em Carta Maior
Querer é uma coisa, fazer é outra. Assim pode ser resumida a avaliação do presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba, Ricardo Alarcón de Quesada, sobre o governo de Barack Obama.
Antes de deixar a ilha de Fildel e Raúl Castro, nesta quinta (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez novo apelo ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que ele acabe com o bloqueio à Cuba. Em entrevista à imprensa cubana, pouco antes de embarcar para o Haiti, Lula avaliou que este embargo não faz mais sentido. E pediu a Obama que atue com a mesma ousadia que tiveram os eleitores norte-americanos, ao votarem nele.
Muitas pessoas estão inquietas quanto ao rápido crescimento actual da dívida nacional dos EUA e estão a pedir uma solução. O que elas não percebem é que simplesmente não há solução sob o actual sistema financeiros estadunidense. Agora já é matematicamente impossível para o governo dos EUA liquidar a sua dívida nacional.
A reação dos Estados Unidos de militarizar a parte haitiana da ilha logo após o devastador terremoto de 12 de janeiro deve ser considerada dentro do contexto gerado a partir da crise financeira e da chegada de Barack Obama à presidência. As tendências de fundo já estavam presentes, mas a crise acelerou-as de um modo que lhes deu maior visibilidade. Trata-se da primeira intervenção de envergadura da IV Frota, restabelecida há pouco tempo.
Por Raul Zibechi*, em Carta Maior
O realizador Michael Moore concedeu uma longa entrevista a Amy Goodman, da Democracy Now!. Ele fala sobre o Haiti, a decisão do Supremo Tribunal a respeito do financiamento de campanhas eleitorais por parte de empresas, o primeiro ano de mandato de Obama, dos Democratas. Confira abaixo:
A insistência do novo governo japonês em renegociar a presença de uma base de fuzileiros navais dos EUA na Província de Okinawa, arquipélago no sul do país, não ameaça a aliança militar entre os países. Mas, dizem analistas, representa um desafio ao padrão da relação bilateral estabelecido desde a ocupação americana, após a 2ª Guerra Mundial, caracterizado pela subordinação de Tóquio a Washington.
Às vésperas de seu primeiro relatório ao povo americano, o discurso sobre “O Estado da União” que fará nesta quarta-feira em sessão especial do Congresso, Barack Obama foi entrevistado separadamente por todas as principais redes de rádio e televisão dos Estados Unidos. Ao programa “ABC World News”, declarou: “Saibam que prefiro ser um bom presidente de um só mandato (de quatro anos) a ser medíocre em dois mandatos.”