A política de austeridade e de precarização do emprego capitaneada por Angela Merkel levou a um desespero social que alimenta as tendências mais radicais. Ou a Europa reage agora ou será tarde, diz Ignacio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique em espanhol. Ramonet crê que reagirá.
Eleições municipais na Itália favoreceram amplamente a centro-esquerda, em especial o PD, Partido Democrático. Prepara-se o caldo das eleições nacionais no ano próximo. Na Alemanha, eleição “estadual” no reduto da sra. Merkel deu-lhe vigorosa derrota; lá também eleições nacionais serão realizadas em 2013.
Na contramão do que o povo tem escolhido inclusive nas urnas, o Banco Central Europeu voltou a se mostrar irredutível quanto à possibilidade de revisão do impopular pacto fiscal europeu. Em um discurso em Berlim realizado nesta segunda (21), o alemão Joerg Asmussen, membro do Conselho Executivo da instituição, afirmou que o acordo “não deve ser renegociado nem suavizado”, mas apenas complementado com medidas para incentivar o crescimento econômico dos países signatários.
Mais de metade dos jovens desempregados não aparecem nas estatísticas oficiais de desemprego, porque já desistiram de procurar trabalho, declarou nesta terça (15) a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Últimos resultados eleitorais favorecem partidos de esquerda e mostram que população exige mudanças na política econômica
A economia da Eurozona enfrenta em 2012 previsões de uma contração de 0,3%, como parte de um palco de recessão que diminuirá apenas no próximo ano, informaram nesta sexta fontes da comunidade.
A senhora Ângela Merkel, tenha disso consciência ou não, age de acordo com a velha arrogância prussiana, ao convidar François Hollande a visitar Berlim, no próximo dia 16 – logo depois de empossado. Foi quase uma convocação.
Por Mauro Santayana, em seu blog
A melhor metáfora para a ação predatória do sistema financeiro desregulado é a de um ouriço venenoso, cujos espinhos paralisam e fazem degenerar os organismos que toque. Agora o coro dos “austeros” começa a mostrar sinais de cansaço. A eleição de Hollande na França. A ameaça de que o Syriza, liderado por Alexis Tsipras, possa formar um governo de esquerda e denuncie o plano de “austeridade” acendeu a luz vermelha do pânico.
Por Flávio Aguiar
O pânico que havia gerado a possibilidade de convocação de uma consulta popular na Grecia sobre o pacote de ajuste imposto pelo Banco Central Europeu já revelava o que se confirma agora, de maneira ainda mais enfática. As “necessidades” da política de ajuste da UE, do Banco Central Europeu e do FMI se chocam frontalmente com os interesses da grande maioria dos europeus em cada país.
Por Emir Sader*
A Espanha afunda novamente na recessão. É o mais recente golpe à economia europeia no que promete ser uma longa cadeia de más notícias. A crise nunca foi embora.
Por Alejandro Nadal*
O Parlamento Europeu aprovou o novo acordo de transferência de dados pessoais às autoridades estadunidenses. Este acordo sobre os dados dos dossiês de passageiros (ditos PNR: Passenger Name Record) fixou as condições jurídicas. Ele trata em particular dos períodos de conservação dos referidos dados, da garantia de proteção daqueles referentes aos passageiros europeus, da utilização que se pode fazer assim como dos recursos administrativos e jurídicos.
Por Capitaine Martin
Há uma ficção que corre solta hoje tanto nas entrelinhas quanto na linha de frente da expansão dos grupos e partidos de extrema-direita na Europa: a de que eles não são racistas. A eleição francesa, que culmina no próximo dia 6 de maio, fornece um bom material para essa reflexão.
Por Flávio Aguiar, na Carta Maior