Enrolados com o 'mercado', Itália, Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha têm de pagar de janeiro a abril 283 bilhões de euros, dos 613 bilhões a vencer em 2012. Segundo o BC brasileiro, a concentração 'deve ser acompanhada com cuidado'. Brasil também precisa liquidar em quatro meses 43% do que vence em 2012, mas está 'descolado' da crise e fechará 2011 com dívida pesando menos.
Por André Barrocal, na agência Carta Maior
Passadas as promessas da última cúpula da União Europeia os mercados financeiros permanecem indiferentes. E cai o consenso de Bruxelas, como mostra o distanciamento da Dinamarca.
Por Michael R. Krätke
A troika – ou seja, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) – continuam a pressão para baixar os salários na Grécia, na Espanha e em Portugal.
Que virá quando os europeus constatarem que seus sacrifícios são vãos? Uma resposta conjunta dos poderes econômico, midiático e militar?
Por Ignacio Ramonet
Vacilante, a democracia faz triste figura e tende a naufragar, contra o pano de fundo de um bipartidarismo institucionalizado a serviço dos rentistas.
Por Jérome Duval*
A crise de dívida na zona do euro vai continuar a prejudicar o comércio e o crescimento econômico dos países africanos por causa da dependência do continente da exportação para os mercados europeus, afirmou o diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC) neste sábado (3).
Referindo-se à facilidade com que o Governo alemão impõe cada vez mais os seus interesses aos restantes países da União Europeia, o secretário-geral do partido da chanceler Angela Merkel, Volker Kauder, afirmou num congresso em Leipzig: “Agora na Europa fala-se alemão”.
Por Rui Paz*
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebe nesta segunda-feira na Casa Branca alguns líderes da União Europeia (UE) com os quais pretende conversar sobre a atual crise da dívida na Europa, as mudanças políticas nos países árabes e as crescentes tensões com o Irã. Trata-se de uma reunião entre imperialistas decadentes e em crise, que pretendem continuar dominando o mundo.
O primeiro-ministro grego Georgios Papandreou e o primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi foram ambos forçados a sair e substituídos por representantes da alta finança. Mario Monti, que substitui Berlusconi, era antes presidente europeu da Comissão Trilateral e membro do Grupo Bilderberg. Encontra-se igualmente no quadro de consultores internacionais do Goldman Sachs.
Por Mike Whitney, em O Diário.info
O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, reúne-se nesta quinta-feira (24) com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, principais países imperialistas que mandam na União Europeia em nome dos monopólios e do capital financeiro. É o primeiro encontro de Monti com Sarkozy e Merkel para discutir o endividamento do governo italiano. A conversa se desenvolve em Estrasburgo, no leste da França.
"A Europa vive um dos piores momentos desde a Segunda Guerra Mundial, talvez o pior momento", afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel, em um discurso nesta segunda-feira em Leipzig para quase mil militantes no congresso de seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU).
No momento em que a Grécia é colocada sob a tutela da Troika, que o Estado reprime as manifestações para tranquilizar os mercados e que a Europa prossegue nos salvamentos financeiros, o compositor Mikis Theodorakis apela aos gregos a combater e alerta os povos da Europa para que, ao ritmo a que as coisas vão, os bancos voltarão a implantar o fascismo no continente.