Funcionários do Programa Mundial de Alimentos, que estão na região, vão responder a questões sobre a crise humanitária no Chifre da África às 14h, pelo horário de Brasília. A fome declarada em cinco regiões da Somália é parte da pior crise humanitária das últimas três décadas
A Agência de Refugiados das Nações Unidas (Acnur) enviou, pela primeira vez em cinco anos, um avião com artigos de necessidade básica para as vítimas da fome na capital da Somália, Mogadishu. O objetivo é distribuir 31 toneladas de folhas de plástico, cobertores e colchões. A aeronave seguiu rumo à Somália na última sexta-feira (5).
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) advertiu hoje (5) que a tendência é aumentar o número de áreas atingidas pela fome na Somália. Só no país, 3,7 milhões de pessoas enfrentam o problema, das quais 3,2 milhões precisam de assistência imediata. A previsão é que, em até seis semanas, a fome se espalhe para o restante do país e os vizinhos.
A fome se estendeu a três novas regiões do sul da Somália, informou nesta quarta-feira (3) a Unidade de Análise da ONU para a Segurança Alimentar e Nutrição (FSNAU, sigla em inglês). Estas novas regiões incluem duas zonas para as quais fugiram milhares de somalis em busca desesperada de alimentos.
Erradicar a fome até 2025 é uma meta viável para os países da América Latina, na avaliação do recém-eleito diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano.
A palavra incerteza comanda a agenda do nosso tempo, e tão cedo não perderá essa prerrogativa.
Por José Graziano da Silva*
A ONU afirmou nesta terça-feira (2) que os próximos meses serão cruciais — tanto no combate, quanto no agravamento da crise da fome na Somália. A situação dependerá do fato de as pessoas afetadas receberem a ajuda de emergência que requerem nos próximos dois meses.
O Brasil encaminhará mais de 31 mil toneladas de arroz e feijão nos próximos meses para o Haiti, Moçambique, o Zimbábue e o Sudão. De acordo com o Itamaraty, a expectativa é que os alimentos cheguem aos portos de Rio Grande (RS) e São Francisco do Sul (SC) entre esta sexta-feira (29) e meados de agosto. A partida dos navios ocorre, em geral, até 15 dias depois.
O governo brasileiro anunciou que enviará ao Chifre da África, como é chamada a região no extremo leste do continente, o equivalente a R$ 34,5 milhões em alimentos. O valor da doação brasileira é a 10º maior da lista de 30 países. A área está atravessando uma das piores secas de sua história, e em duas regiões do sul da Somália, foi declarada a fome.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) arrecadou US$ 252 milhões para combater a seca e a fome no Chifre da África desde que a ONU declarou estado de crise em duas regiões do sul da Somália no último dia 20 de julho.
O número de quenianos que precisarão de ajuda humanitária e alimentos aumentará para 3,5 milhões até setembro, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (26), enquanto autoridades europeias alertaram que tais crises voltarão a acontecer se não houver investimento em esforços de prevenção.
As autoridades europeias destacaram hoje, na reunião de emergência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para a questão da fome no Chifre da África, a necessidade de envio de recursos tanto para a ajuda emergencial como para garantir a segurança alimentar da região.