A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) advertiu hoje (5) que a tendência é aumentar o número de áreas atingidas pela fome na Somália. Só no país, 3,7 milhões de pessoas enfrentam o problema, das quais 3,2 milhões precisam de assistência imediata. A previsão é que, em até seis semanas, a fome se espalhe para o restante do país e os vizinhos.
A fome se estendeu a três novas regiões do sul da Somália, informou nesta quarta-feira (3) a Unidade de Análise da ONU para a Segurança Alimentar e Nutrição (FSNAU, sigla em inglês). Estas novas regiões incluem duas zonas para as quais fugiram milhares de somalis em busca desesperada de alimentos.
Erradicar a fome até 2025 é uma meta viável para os países da América Latina, na avaliação do recém-eleito diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano.
A palavra incerteza comanda a agenda do nosso tempo, e tão cedo não perderá essa prerrogativa.
Por José Graziano da Silva*
A ONU afirmou nesta terça-feira (2) que os próximos meses serão cruciais — tanto no combate, quanto no agravamento da crise da fome na Somália. A situação dependerá do fato de as pessoas afetadas receberem a ajuda de emergência que requerem nos próximos dois meses.
O Brasil encaminhará mais de 31 mil toneladas de arroz e feijão nos próximos meses para o Haiti, Moçambique, o Zimbábue e o Sudão. De acordo com o Itamaraty, a expectativa é que os alimentos cheguem aos portos de Rio Grande (RS) e São Francisco do Sul (SC) entre esta sexta-feira (29) e meados de agosto. A partida dos navios ocorre, em geral, até 15 dias depois.
O governo brasileiro anunciou que enviará ao Chifre da África, como é chamada a região no extremo leste do continente, o equivalente a R$ 34,5 milhões em alimentos. O valor da doação brasileira é a 10º maior da lista de 30 países. A área está atravessando uma das piores secas de sua história, e em duas regiões do sul da Somália, foi declarada a fome.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) arrecadou US$ 252 milhões para combater a seca e a fome no Chifre da África desde que a ONU declarou estado de crise em duas regiões do sul da Somália no último dia 20 de julho.
O número de quenianos que precisarão de ajuda humanitária e alimentos aumentará para 3,5 milhões até setembro, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (26), enquanto autoridades europeias alertaram que tais crises voltarão a acontecer se não houver investimento em esforços de prevenção.
As autoridades europeias destacaram hoje, na reunião de emergência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para a questão da fome no Chifre da África, a necessidade de envio de recursos tanto para a ajuda emergencial como para garantir a segurança alimentar da região.
A seca na África provocou uma "situação catastrófica que exige ajuda internacional massiva e urgente", declarou nesta segunda-feira (25) o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Jacques Diouf, logo no início da reunião de emergência que se realiza em Roma.
O Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) necessita mais US$ 360 milhões para enfrentar até o fim do ano a crise de fome que aflige os países da região do Chifre da África (nordeste do continente), afirmou neste domingo (24) a diretora da entidade, Josette Sheeran. "