O deputado federal Orlando Silva (PCdoB) criticou o pedido de prisão do ex-presidente Lula realizado pelo Ministério Público de São Paulo.
Jurista acredita que órgão não está se orientando por critério jurídico e a medida é um “ato político”; Frente Brasil Popular convocou sua militância para uma ação na noite desta quinta-feira (10).
O pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciado nesta quinta-feira (10) pelo promotor Cássio Conserino foi definido por líderanças políticas e em nota do Instituto Lula como arbitrário, irresponsável, inconsistente e com intenção de promover um espetáculo midiático. Na opinião da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), “os promotores do Ministério Público de São Paulo agem de forma irresponsável”.
O jurista Pedro Estevam Serrano avaliou que o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula não tem base legal, como, segundo ele, não o têm quase todos os pedidos desse tipo no país, onde 40% dos aprisionados o são preventivamente. “No caso dele [Lula], acho que é mais grave, porque o promotor já anunciou que o denunciaria antes de estar concluído o inquérito, o que indica uma parcialidade”, afirmou ao Vermelho.
Mesmo admitindo que não há provas concretas de que o ex-presidente seja dono do apartamento no Guarujá, o promotor Cássio Conserino pede a prisão preventiva do ex-presidente e faz denúncia por supostos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Por Christiane Peres, da assessoria do PCdoB na Câmara dos Deputados
Diante do pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público de São Paulo contra o ex-presidente Lula nesta quinta-feira (10), a Frente Brasil Popular em São Paulo convoca com urgência toda a militância para se reunir neste momento, na Apeoesp, na Praça da República, 282, no centro da cidade de São Paulo.
Desde o início da perseguição ao ex-presidente Lula, a Justiça já quebrou seu sigilo fiscal, bancário e passou a limpo as contas da família com a Receita Federal. Mesmo assim, a caçada continua. Para a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), o petista não tem nada a temer: “Lula nunca se negou a dar quaisquer esclarecimentos.
"Brics" é a sigla mais amaldiçoada no eixo Avenida Beltway [onde ficam várias instituições do governo dos EUA em Washington]-Wall Street, e por razão de peso: a consolidação do Brics é o único projeto orgânico, de alcance global, com potencial para afrouxar a garra que o Excepcionalistão mantém apertada no pescoço da chamada "comunidade internacional".
Pepe Escobar*, no Russia Today
A caçada ao ex-presidente Lula teve novo andamento nesta quarta-feira (9). O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou à Justiça denúncia contra o petista pelos supostos crimes de ocultação de bens, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
O advogado de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, afirmou que não causou surpresa a denúncia do feita pelo Ministério Público de São Paulo, nesta quarta-feira (9), já que o promotor Cássio Conserino já havia anunciado na revista Veja, em 22 de janeiro de 2016, sua posição antes mesmo de ouvir o depoimento do ex-presidente, ou seja, antes da conclusão do procedimento investigatório, o que demonstra parcialidade.
Advogado Waldir Ramos da Silva, autor da queixa que fundamenta inquérito no caso do apartamento do Guarujá, tentou resgatar R$ 295 mil com documento falso em ação coletiva contra a Bancoop.
O Conselho da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU) divulgou nota condenando a espetacularização da Lava Jato. “A IPU condena, veementemente, o caráter midiático e teatral que os coordenadores da chamada força tarefa da Lava Jato têm dado antes, durante e após o cumprimento de cada fase da Lava Jato”, enfatiza a nota do conselho.