A Suprema Corte do Paraguai acatou a ação dos advogados de defesa do ex-presidente Fernando Lugo que alegam inconstitucionalidade no processo político estabelecido no Senado que determinou a cassação do seu mandato. O presidente da Corte, Victor Núñez, confirmou a informação e afirmou que a ação já se encontra nas mãos do Ministério Público.
Agora é oficial: o PSDB apoia o golpe no Paraguai. Para não deixar dúvidas, o partido colocou em seu site nota nesse sentido, assinada por seu presidente nacional, deputado Sérgio Guerra (PE). A nota só confirma o caráter oportunista do partido que defendeu as intervenções militares e politicas dos Estados Unidos pelo mundo.
Por José Dirceu*, em seu blog
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou, nesta quarta-feira (11), que a suspensão do Paraguai do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) é um sinal claro de que não há mais espaço na região para “aventuras antidemocráticas”.
Nesta terça-feira (10), o atual governo paraguaio, comandado por Federico Franco, afirmou que não tem intenções de instalar uma base militar estadunidense em seu território, tal como levantado na semana passada pelo deputado José López Chávez.
Durante a apresentação do relatório da OEA, nesta terça-feira (10), o secretário-geral da entidade, Miguel Insulza, declarou que no Paraguai “a situação está normal [tanto] agora [quanto] no desenvolvimento da crise. Não há sinais de violência e tudo funciona com normalidade”. Por sua vez, o chanceler do Paraguai, Hugo Saguier, declarou que não há e não haverá perseguição política no país. Os fatos, no entanto, contradizem as declarações.
Por Vanessa Silva, do Portal Vermelho
O secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, declarou, nesta terça-feira (10), que a organização não tomará medidas punitivas contra o Paraguai após o processo político que culminou no julgamento relâmpago do presidente legitimamente eleito, Fernando Lugo.
Políticos e meios de difusão paraguaios, defensores do golpe, que destituiu o presidente constitucional, Fernando Lugo, atacaram nesta terça-feira (10) o mandatário uruguaio José Mujica, por sua denúncia de participação do narcotráfico no golpe.
De 2 a 7 de julho, campesinos e campesinas delegados da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo (Cloc) e da Via Campesina Brasil, Chile, Argentina e Colômbia constituíram uma missão que esteve reunida no Paraguai. O objetivo foi conversar sobre a situação política que o país enfrenta após o golpe parlamentar do último dia 22, que retirou Fernando Lugo do poder.
Nesta segunda-feira (9), o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai entrou com pedido de revisão no Tribunal Permanente de Revisão do Mercado Comum do Sul (Mercosul) da determinação de suspender o país do bloco. O Paraguai questiona a decisão tomada por unanimidade pelos presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, Argentina, Cristina Kirchner e Uruguai, Pepe Mujica.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, classificou de "esdrúxula" a possibilidade de instalação de uma base militar dos Estados Unidos no Paraguai. Segundo ele, isso resultaria num isolamento ainda maior do país em relação aos seus vizinhos do Mercosul. As declarações foram feitas no Rio nesta segunda-feira (9).
O julgamento político de 21 e 22 de junho teve origem em um ato de violência em Curuguaty que deixou 17 mortos e que foi parte de uma conspiração para desestabilizar o Poder Executivo.
Por Fernando Lugo, em nota à imprensa
Hoje, o ditador Federico Franco – e o bando que o apoiou na cúpula de seu partido – trai os princípios libertários de seu partido e o mancha para sempre com a ditadura. Apenas algumas horas de depois do golpe ser perpetrado, já existiam ameaças de morte a pessoas íntegras que se opõem à ditadura.
Por Ricardo Canese*, no SinPermiso