Durante o ato político na tarde desta quinta-feira (28), em solidariedade ao Paraguai, na Av. Paulista, São Paulo, será realizado um tuitaço com a hashtag #GolpenoParaguai. Promovida pela União da Juventude Socialista, o objetivo da ação é sensibilizar o povo brasileiro para o grave problema que ocorre no Paraguai e fazer chegar o recado até a reunião da cúpula do Mercosul.
O impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo não tem unanimidade entre os partidos políticos brasileiros. A maioria dos partidos manifestou apoio ao chefe de Estado destituído, seguindo manifesto do PT, que classificou a ação do legislativo paraguaio de golpe de Estado. No entanto, o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), principal legenda da oposição, defende a decisão do legislativo paraguaio e critica a diplomacia brasileira.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, espera que a reunião de cúpula do Mercosul, que começa nesta quinta (28) na cidade argentina de Mendoza, gere uma manifestação contra o impeachment relâmpago do presidente paraguaio, Fernando Lugo. "Esperamos que a cúpula faça uma manifestação forte e definitiva contra o que aconteceu com o Lugo e nossos irmãos paraguaios", afirmou Carvalho.
No dia em que o golpe de Estado de Honduras completa três anos, movimentos sociais realizam, nesta quinta (28), a partir das 16h, em São Paulo, um ato de solidariedade ao povo paraguaio, em defesa da democracia e pelo restabelecimento de Fernando Lugo. A atividade acontece em frente ao gabinete da Presidência da República, no edifício do Banco do Brasil, esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta.
Apesar tranquilidade vista nas ruas de Assunção, a quarta-feira (26) foi marcada por manifestações em todo o Paraguai, sobretudo no interior do país. Algumas dessas mobilizações resultam das ações da Frente em Defesa da Democracia, lançada na segunda-feira (25). Outras, no entanto, são espontâneas, autogestadas por organizações sociais. A expectativa é que essas ações culminem em um grande protesto em Assunção na sexta-feira (29).
Por Vanessa Silva, de Assunção, para o Vermelho
Há quase uma semana que o assunto domina a mídia. CPI do Cachoeira, fotos e alianças com Maluf, tudo ficou subjacente a um assunto que não chega a empolgar a opinião pública brasileira, que sempre fica meio atônita com a política latino-americana, sem saber direito que importância ela tem. Todavia, a mídia continua mantendo o assunto na agenda.
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania
A democracia na América Latina está correndo sérios riscos. Depois dos golpes em Honduras e, na semana passada, no Paraguai, as oligarquias locais tramam novas ações para abortar a guinada progressista na região – sempre em conluio com o império estadunidense e o apoio da mídia colonizada.
Por Altamiro Borges, em seu blog
Movimentos sociais, deputados e senadores entregaram nesta quarta-feira (27), ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, moção de repúdio ao impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo. Para as lideranças dos movimentos, o processo de cassação de Lugo é um golpe de Estado.
Organizações integradas à Frente Nacional pela Defesa da Democracia no Paraguai realizaram dezenas de protestos em nove departamentos do país ao iniciar a aplicação do Plano de Ação em rejeição à destituição do presidente Fernando Lugo.
A Assembleia Nacional de Venezuela rechaçou o golpe de Estado perpetrado contra o presidente constitucional do Paraguai, Fernando Lugo, no último 22 de junho.
No encerramento da Conferência da ONU de Sustentabilidade e Desenvolvimento, a Rio + 20, ocorreu também um retrocesso político de graves consequências no Paraguai com o golpe parlamentar que derrubou o Presidente constitucional Fernando Lugo, assumindo o vice Federico Franco, do Partido Liberal.
Por Mário Augusto Jakobskind, no Direto da Redação
O presidente paraguaio deposto, Fernando Lugo, desistiu de ir à reunião do Mercosul, que ocorre em Mendoza, na Argentina, a partir desta quarta-feira (27). Lugo não quer pressionar os presidentes dos países-membros a tomar decisões sobre o Paraguai.