O que Bolsonaro e Paulo Guedes propõem para o País é seguirmos esperando a “fada” da confiança trazer investimentos estrangeiros. Para isso dilapidam direitos, asfixiam os investimentos públicos e aprofundam o abismo da desigualdade brasileira. É a receita certa para o desastre.
Por Guilherme Boulos*
A unidade da direita para o golpe de 2016 se esgarça sob o governo Jair Bolsonaro (PSL) e seu velhíssimo e anacrônico balcão de negócios na política. Veja o que o Portal Vermelho noticiou na semana de 12 a 18 de outubro.
Desde 2013, o Brasil tem um plano para conter vazamento de petróleo no mar – o PNC (Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Água). Mas, 50 dias após o petróleo ser visto pela primeira vez numa praia do País, o governo Jair Bolsonaro nada fez. Pior: dois comitês que integravam o PNC foram extintos neste ano. O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação na quinta-feira (17) contra o governo por omissão diante do maior desastre ambiental no litoral brasileiro.
Abraham Weintraub tem tão pouca intimidade com a língua portuguesa que, nesta semana, um site listou 11 erros cometidos pelo ministro da Educação ao elaborar um guia de ajuda a estudantes que farão a prova do Enem. Mas a principal preocupação de Weintraub, nos seis meses em que está à frente do Ministério da Educação (MEC), tem mais a ver com o conteúdo do que com a forma. Seu estilo agressivo já lhe rendeu cerca de 60 interpelações judiciais – média de uma a cada três dias no cargo.
A crise no PSL extrapolou nesta quinta-feira (17) as barreiras do partido e atingiu a articulação política do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional. Em meio ao clima de beligerância no PSL, o presidente sofreu derrotas em série, foi chamado de “vagabundo” pelo líder do partido na Câmara, deputado Delegado Waldir (GO), e, em um contragolpe, decidiu tirar a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) da liderança do governo no Congresso.
Jair Bolsonaro foi gravado enquanto pedia o apoio a deputados do seu partido, o PSL, para destituir o líder da sigla na Câmara, Delegado Waldir (GO). Os áudios foram divulgados na noite desta quarta-feira (16) nos sites das revistas Época e Crusoé. Nesta quinta (17), ao sair do Palácio da Alvorada, Bolsonaro, visivelmente irritado, confirmou ter conversado com parlamentares em particular, insinuou que a gravação poderia ser um “grampo” e classificou o ato de “desonestidade”.
A cúpula do DEM articula com o grupo político ligado ao presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), uma possível fusão entre os dois partidos. Na noite de terça-feira (15), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), disse a líderes do Centrão (bloco formado por DEM, PP, PL, Republicanos e Solidariedade) que, se o presidente Jair Bolsonaro sair mesmo do PSL, as negociações com a sigla comandada por Bivar podem avançar. É o que informa, nesta quinta-feira (17), o Estadão.
Caros brasileiros, finalmente! Uma baiana vai virar santa. Irmã Dulce é a primeira santa que não só viveu como também nasceu no Brasil. Quando li essa notícia, fiquei feliz. O Brasil tem muitos santos! E está na hora de isso ser reconhecido. Fiquei feliz, pois para mim essa canonização no último domingo (13) no Vaticano foi altamente simbólica. Pois ser santa num país em que uma grande parte do governo e dos membros do Congresso se considera perto de Deus é um feito especial.
Por Astrid Prange*
“O sistema educacional está seriamente ameaçado. E o pior: o governo não está levando isso a sério. Enquanto tudo isso acontece, o ministro brinca de meme.” A opinião é de Renato Janine Ribeiro, professor da USP e da Unifesp, além de ex-ministro da educação. Em entrevista à coluna de Guilherme Amado (Época), Janine afirma não ver na gestão Jair Bolsonaro (PSL) nenhuma proposta razoável para a Educação. Confira trechos da entrevista.
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (15) uma operação com nove mandados de busca e apreensão para apurar desvios de verbas do Fundo Partidário. Um dos endereços é ligado ao deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente nacional do PSL, o partido do presidente Jair Bolsonaro. A investigação apura uso de candidaturas laranjas pela legenda na eleição de 2018.
A lua de mel entre o mercado e o governo Jair Bolsonaro (PSL) está, ao que parece, perto do fim. Dados sobre a atividade econômica já divulgados para o terceiro trimestre de 2019 mostram que a economia brasileira segue em trajetória errática, sem sinais de retomada consistente e ainda dependente do consumo das famílias e dos setores de comércio e serviços. Mesmo com liberação do FGTS, queda dos juros e reforma, a economia sob Bolsonaro e Paulo Guedes patina.
“Apagar o professor é apagar o futuro”
A data comemorativa do Dia do Professor (15 de outubro), neste final da segunda década do século 21, deve ser oportunidade para uma reflexão sobre o papel deste profissional na sociedade glorificada como sendo do “conhecimento”.
Por Maria Clotilde Lemos Petta*