Nos dias 1º e 2 deste mês, dois trens recém-reformados se movimentaram com as portas abertas no Metrô de São Paulo. As falhas ocorreram na Linha 3-Vermelha, que liga a cidade de leste a oeste. As composições com defeito foram recondicionadas há menos de três anos pelo consórcio MTTrens, liderado pela TTrans, empresa envolvida nas denúncias de formação de cartel para burlar a concorrência em editais para modernização da frota e ampliação da malha metroferroviária no estado.
Conselho do Ministério Público avalia qual será o procedimento usado para saber como caso de corrupção no governo paulista foi parar na pasta errada. Juízes pregam cooperação internacional. A investigação do MP tentará esclarecer se houve má-fé em pedido que se perdeu nos meandros do Metrô.
Graças ao conluio entre empresas, ao pagamento de propinas a funcionários públicos e políticos do PSDB e, principalmente, ao trabalho de um lobista, a Alstom conseguiu fechar todos os negócios considerados por ela estratégicos com o governo de São Paulo. De quatro grandes contratos, dois foram combinados entre empresas e deram à multinacional francesa um rendimento de R$ 1,5 bilhão, mais alto do que o esperado.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou medidas para reforçar o combate ao crime organizado. Entre elas, a criação de uma força-tarefa, que atuará de forma integrada para obter informações de inteligência que auxiliem investigações. O grupo será formado por representantes das secretarias da Segurança Pública, da Administração Penitenciária e as polícias Civil e Militar.
A direita sabe cuidar de si mesma. O governador Geraldo Alckmin distribuiu nas últimas semanas quase R$ 4 milhões em assinaturas da Veja, Folha e Estadão. E para quem? Para crianças das escolas públicas de São Paulo. Tudo sem licitação.
Por Miguel do Rosário*, no Tijolaço
O escândalo que envolve a alta cúpula do governo tucano no Estado de São Paulo ganhou, nesta sexta-feira, mais um ingrediente explosivo. Uma carta, datada de 2008, encaminhada por um funcionário da Siemens à matriz, na Alemanha, revela que a formação de cartel e um pesado esquema de corrupção, com o pagamento de propinas a funcionários públicos da confiança de governadores como José Serra e Geraldo Alckmin, não eram exclusivos da área de transportes.
Servidores da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) vêm a público para se manifestarem contrários a fusão da mesma com outras duas fundações. A medida foi anunciada pelo governo do Estado de São Paulo como uma medida de economia, em resposta à Jornada de Junho. Em entrevista à Rádio Vermelho, duas técnicas da Fundap revelam que, além de não reduzir os gastos públicos, haverá perda do patrimônio e mais gastos.
O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho, afirmou nesta sexta-feira que a investigação sobre a formação de cartel em licitações do metrô São Paulo e no Distrito Federal é prioridade do órgão. Carvalho também negou ingerência política no processo.
Agora, falando sério. Quem, pelas pedras pisadas do cais, deu essa ideia de jerico ao governador Geraldo Alckmin? Em que mundo vivem os tucanos de São Paulo, ainda crentes da possibilidade de enganar um país inteiro com uma maluquice dessas? Não aprenderam NADA com o episódio da bolinha de papel de José Serra? Nada, nada?
Por Leandro Fortes, Carta Capital
A Controladoria-Geral da União (CGU) informou nesta quinta-feira (15) que vai propor a notificação da empresa Siemens para que preste esclarecimentos sobre denúncias de formação de cartel nas licitações do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). .
O governo tucano de São Paulo fica cada vez mais enredado no caso de cartel das licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Documentos apresentados pela Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) comprovariam o pagamento de propinas a autoridades envolvidas no esquema que lesou os cofres públicos paulistas em pelo menos R$ 425 milhões.
Juntamente com os metroviários de São Paulo, o Movimento Passe Livre (MPL) entregou uma carta aberta à população paulistana em que denuncia o esquema de corrupção do PSDB com um cartel de 18 grandes transnacionais. Uma panfletagem no sistema metroviário foi promovida na terça-feira (6).