O desemprego na Grécia continuou aumentando em outubro e afetava 26,8% da população ativa, anunciou nesta quinta-feira a Autoridade de Estatísticas Grega.
Trabalhadores dos transportes públicos realizaram nesta terça-feira (1º/1) na Grécia e em Portugal uma paralisação, segundo informou a mídia destes países, em protesto às medidas antitrabalhadores tomadas pelos governos desses países.
Novos meios de comunicação já começaram a pautar grande jornais de diversas partes do mundo. Dos escombros da crise grega, um grupo de jornalistas, a maioria demitidos dos principais veículos de comunicação do país, envia sinais de socorro em inglês em rádios online, documentários, contas no Twitter e recém-lançados sites de notícias. Sem dinheiro e dependendo de voluntários, usam um modelo de negócios diferente para continuar trabalhando. O dinheiro vêm de cafés, pequenos restaurantes e ONGs.
Giorgos Marinos, dirigente do KKE, afirma que as medidas de austeridade estão “cada vez mais perigosas”. O Partido Comunista da Grécia (KKE, na sigla em grego) saiu da última turbulenta eleição parlamentar, em junho de 2012, com 12 cadeiras e o princípio de atacar o “imperialismo da União Europeia” e de rechaçar a coalizão de esquerda Syriza, que cresceu 300% e hoje tem a segunda maior bancada na Casa.
Por Roberto Almeida, de Atenas
Depois de um ano conturbado, com duas eleições parlamentares e a formação de um governo de coalizão alinhado com as políticas de austeridade impostas pela troika, composta por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional (FMI), a Grécia entra 2013 sem expectativa de melhora econômica e com um governo que balança no poder.
Duas novas mortes foram acrescentadas na última quinta (13) à lista de vítimas da crise econômica, quando um homem de 91 anos e sua esposa de 80 foram encontrados mortos em sua residência em Atenas, segundo informou a polícia.
Dois deputados do partido neonazista Aurora Dourada tentaram entrar no Parlamento grego armados com pistolas, informou a imprensa local. As armas foram localizadas após o alarme do detector de metais ter disparado.
Os ministros das finanças da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) concordaram nesta terça-feira (27) em perdoar parte da dívida da Grécia e encaminhar o país para receber novo empréstimo de assistência.
Os ministros das Finanças dos 17 países que formam a zona do euro, a direção do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) reúnem-se hoje (26) em Bruxelas, na Bélgica, em busca de um acordo sobre a ajuda financeira à Grécia. É a terceira semana consecutiva de reuniões. O chamado Eurogrupo tenta firmar acordo para a concessão de um empréstimo à Grécia, no valor de 31,2 bilhões de euros.
Os parlamentares gregos aprovaram na noite de ontem (11) o orçamento nacional do próximo ano, que prevê corte de 9,5 bilhões de euros nos gastos públicos. Os deputados rebeldes da coalizão do primeiro-ministro Antonis Samaras, que haviam se recusado a aprovar o programa de austeridade do governo na quarta-feira (7), mudaram de posicionamento e seguiram o tom de seus partidos.
Os protestos populares não impediram o parlamento grego de aprovar na noite desta quarta (7) um novo pacote de austeridade do FMI (Fundo Monetário Internacional), que prevê um desembolso de 13,5 bilhões de euros (cerca de R$ 35 bilhões) em troca de medidas impopulares de cortes e arrocho. Apesar da aprovação, a coalizão do primeiro-ministro Antonis Samaras, do partido Nova Democracia, de centro-direita, perdeu fileiras e começa a mostrar sinais de fraqueza.
Milhares de trabalhadores saíram às ruas na terça-feira (6) na Grécia. Os protestos fazem parte da nova greve geral convocada pelas duas principais centrais sindicais do país para protestar contra as medidas de “austeridade” impostas pelo governo a mando dos credores internacionais.
Por Altamiro Borges, em seu blog