O governo grego entregou, nesta terça-feira (21), ao parlamento do país projeto de lei sobre a reforma do código civil e as diretrizes europeias para o saneamento bancário. O pacote será votado nesta quarta-feira (22).
A partir desta segunda-feira (20), os gregos já encontram preços mais altos nas prateleiras dos supermercados, resultado do aumento do Imposto sobre o Valor Agregado de 13% para 23%.
Os bancos gregos reabrem suas portas nesta segunda-feira (20) pela primeira vez em três semanas, apesar de os saques ainda estarem limitados e o controle do capital continuar em vigor.
Os novos ministros do governo da Grécia prestaram juramento numa cerimonia no palácio presidencial, neste sábado (18), um dia depois do primeiro-ministro grego, Alex Tsipras, anunciar uma remodelação que abrangeu 10 integrantes do Executivo.
A quantia que gregos sonegaram e esconderam na Suíça supera os 80 bilhões de euros. Alguém ainda acredita que a dívida pública é legal, moral ou legítima?
Por Carlos Enrique Bayo*
Os acontecimentos dos últimos dias mostram à saciedade que a UE/Euro é incompatível com a democracia, a soberania e o bem-estar dos povos. É uma ditadura ao serviço do grande capital financeiro e uma autêntica prisão de povos. Como o Partido Comunista Português (PCP) tem afirmado, esta UE não é reformável. Apenas sobre os seus escombros poderá haver futuro para os povos.
Por Jorge Cadima, no Jornal Avante!
A situação que se desenvolve no seio da UE e do euro, com o aprofundamento da sua crise e com as diferentes expressões tidas, designadamente em Portugal ou na Grécia, revela aquilo que há uns anos alguns julgariam impensável: o questionamento e a rejeição, à escala de massas, da política e do processo de integração capitalista na UE.
Por Vasco Cardoso, no Jornal Avante
Pouco antes da votação em que os deputados da Grécia aprovaram as medidas de austeridade, a presidente do Parlamento grego voltou a apelar ao Governo para que não aceite a chantagem dos credores para um acordo em que já nem o FMI acredita.
O Parlamento grego aprovou na noite desta quarta-feira (15) o acordo alcançado segunda-feira (13) com os líderes da zona do euro. Milhares protestaram nas ruas contra o acordo, que tinha sido rejeitado em referendo recém realizado.
Nesta quarta-feira (15), 109 membros dos 201 que compõe o Comitê Central do Syriza, partido do primeiro-ministro Alexis Tsipras, divulgou uma declaração rejeitando, em termos duros, o acordo que, ainda nesta noite de quarta-feira (15), será votado pelo parlamento grego e exigindo uma reunião imediata do órgão partidário.
Várias manifestações estão acontecendo na Praça Syntagma, no centro de Atenas, próximo ao Parlamento da Grécia. Estima-se que cerca de 12 mil pessoas estejam participando dos atos de protesto.
“Tragédia da Grécia esconde segredo de bancos privados. Poderia desnudar estratégias para salvar bancos e pôr em risco a zona do euro”, diz Maria Lúcia Fattorelli, da comissão que auditou parte da dívida. "Esse salvamento vai resolver alguma coisa? Não! Será um adiamento até uma nova crise. E o que vai ser feito depois? Esse sistema não tem lógica. Compromete emprego real, indústria, comércio. A economia real. A vida das pessoas" alerta Maria Lúcia.
Por Vanessa Martina Silva, no Opera Mundi