Segundo ele, categoria ganhou poder de barganha.
Protesto de motoristas de matérias perigosas gerou corrida aos abastecimentos e deixou centenas de bombas sem gota de combustível. Serviços mínimos não resolvem, garante sindicato, que exige carreira diferenciada.
Lideranças da categoria se dizem decepcionadas com medidas anunciadas.
Os números mostram que a prática tradicional da luta dos trabalhadores está de volta: no ano passado, nos EUA, 485 mil participaram de grandes greves, como não se via há décadas.
Por Amy Muldoon *
Há uma semana, as categorias que formam o funcionalismo público em São Paulo (SP) estão paradas. A greve geral unificada é um protesto dos servidores municipais contra a reforma da Previdência efetivada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). Mas a luta na capital paulista não será isolada. Tudo indica um ano de 2019 repleto de lutas, protestos e paralisações de servidores em todo o Brasil.
De 1.566 greves acompanhadas pelo Dieese no ano passado, 1.269 (81%) tiveram caráter defensivo, ou seja, em defesa de direitos, por manutenção ou, principalmente, descumprimento de acordos. Embora seja 25% menor que no período 2013-2016 (2 mil, em média), o instituto lembra o número é "bastante superior" ao do período anterior a 2013 (em torno de 500 paralisações por ano). "Pode-se dizer que esse grande ciclo de greves, iniciado há alguns anos, ainda está em marcha", afirma.
Passadas mais de duas semanas do início da greve de fome pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por justiça no Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares visitaram os sete integrantes do grupo.
As condições precárias de trabalho, impedimento de funções normativas e desvio de trabalho para outros centros logísticos, que não o estabelecido inicialmente em contrato, são algumas das violações dos direitos trabalhistas que levaram os trabalhadores do armazém de San Fernando de Henares, região metropolitana de Madri, na Espanha, a decretarem três dias de greve na multinacional Amazon.
As restrições impostas aos trabalhadores da Fiat Chrysler em Melfi, no sul da Itália, não impediram que a Exor, acionista da montadora, investisse parte de seu capital na contratação do jogador Cristiano Ronaldo para o clube Juventus. A situação revoltou os trabalhadores da empresa que marcaram dois dias de greve de protesto para denunciar os constantes sacrifícios enfrentados por eles. A manifestação se inicia no domingo (15), final da Copa do Mundo, e se encerra na terça-feira (17).
Neste 9 de julho instituiu-se nova data do calendário para além da dita Revolução Constitucionalista de 1932. Trata-se do Dia da Luta Operária – em memória das lutas e conquistas da classe trabalhadora do Brasil. Foi instituída ano passado, pela Câmara dos Vereadores de São Paulo, por iniciativa do vereador Antônio Donato, do PT.
Por Walter Sorrentino*
À meia-noite desta quinta-feira (14) os trabalhadores eletricitários encerram a greve de 72 horas contra a privatização da Eletrobras. De acordo com Fabiana Antezana, diretora do Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal (Stiu-DF), o movimento teve um bom desfecho político. “Sem prejudicar a população, impusemos dificuldades aos planos do governo e conseguimos apoio da sociedade contra a privatização”, declarou a dirigente ao Portal Vermelho.
Por Railídia Carvalho
Apesar da decisão do TST, de multar as entidades representantes dos empregados caso não conseguissem comprovar a presença de pelo menos 75% do efetivo nas empresas do Grupo Eletrobras, a maioria dos próprios empregados decidiram continuar mobilizados pelo prazo de 72 horas, conforme previsto desde o início. A decisão foi tomada a partir de assembleias realizadas em cada uma das sedes da holding e suas subsidiárias ou dos empreendimentos da companhia.