Se tivéssemos uma imprensa séria e profissional de verdade no país, determinados “comentaristas políticos” já teriam sido despachados e as empresas que eles trabalham veiculariam desculpas pelas asneiras que disseram. Como não são e ainda duvidam da inteligência de quem os lê, vê e ouve, fica tudo por isso mesmo e quem falou ou escreveu a sandice continua ocupando espaço, ignorando solenemente a necessidade de se explicar ao distinto público.
por Bruno Ribeiro, no blog A Trincheira
A última terça-feira (25), em Tegucigalpa, capital de Honduras, foi marcada por diversas manifestações. Além das mulheres, que pretendiam comemorar seu dia e lutar por seus direitos nas ruas, camponeses e professores também se mobilizaram para batalhar por direitos que estão sendo retirados pelo governo de Porfirio Lobo, considerado como o continuador do golpe de estado de 28 de junho de 2009.
A Frente Nacional de Resistência Popular de Honduras (FNRP) rejeitou uma reforma da Constituição que visa à reeleição presidencial dentro de um regime golpista e a escantear a demoanda de uma Carta Magna de origem popular.
Como em outras épocas, as forças mais obscuras do conservadorismo levam o país do norte a situações extremas e cometem erros históricos excessivos que fomentam o fanatismo, a perseguição, a violência. Muitos republicanos se taxam como “conservadores verdadeiros”, enquanto os liberais, entre eles Barack Obama, sentem-se encurralados e não se atrevem a defender suas posições, muito menos a atacar frontalmente a oposição e os difamadores.
Por Altamiro Borges
O chanceler Celso Amorim disse nesta sexta-feira (3) que o telegrama em que o embaixador americano em Honduras, Hugo Llorens, afirma não ter dúvidas de que houve um golpe "ilegal e inconstitucional" no país mostra que o Brasil estava certo no episódio.
Há uma revelação, entre as tantas que estão vindo à tona com a divulgação dos telegramas confidenciais das embaixadas dos Estados Unidos no mundo pelo site WikiLeaks, que me deixou particularmente satisfeita. Trata-se da admissão oficial pela diplomacia americana de que o que viveu Honduras em junho do ano passado foi um golpe de Estado.
Por Cynara Menezes, na CartaCapital
As centenas de documentos descobertos pela WikiLeaks, que deixaram nua a diplomacia dos Estados Unidos, fornecem informações importantes sobre muitos aspectos da realidade internacional. Por exemplo, a postura dos Estados Unidos ante o golpe de Estado em Honduras.
Por Niko Schvarz
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya — considerado por todo movimento progressista latino-americano como o presidente legítimo do país — disse que o vazamento de informações da embaixada dos Estados Unidos em Tegucigalpa, "evidencia a cumplicidade" do governo norte-americano com sua retirada, à força, do poder.
Honduras continua debatendo-se em meio a uma grave crise econômica, política e social originada pelo golpe de Estado que retirou do poder o presidente Manuel Zelaya, em junho de 2009. Apesar da imagem de “país pacificado e normalizado” – que o atual governo de Porfirio Lobo quer projetar -, organizações que integram a Plataforma de Direitos Humanos denunciam a constante violação de direitos e instalaram uma "Comissão da Verdade" para esclarecer os abusos cometidos a partir do golpe.
O Congresso Nacional de Honduras aprovou na última sexta-feira (19) a nova Lei Anti-terrorista do país. A notícia não foi bem recebida pelos militantes da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), que temem que, a exemplo do Chile — onde há anos vigora uma lei com a mesma finalidade —, os movimentos sociais e ativistas se tornem alvo de repressão.
O genocídio contra os camponeses de Aguán por jagunços de Miguel Facussé é alarmante. Nesta quinta-feira, o Movimento Camponês de Aguán (MCA), por meio de um comunicado, condenou a irresponsabilidade do secretário de Segurança de Honduras, Oscar Álvarez, e ao titular da pasta de Defesa, Marlon Pascua, ao sustentar que foram os camponeses que provocaram o enfrentamento.
Os ataques a camponeses na região de Aguán, localizada em Trujillo, Honduras, na última segunda-feira (15), ainda repercutem entre defensores de direitos humanos e hondurenhos e hondurenhas em resistência. Quarta-feira (17), foi a vez de Manuel Zelaya, presidente deposto em junho de 2009 por um golpe de Estado e coordenador geral da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), falar a respeito do episódio.