O Governo do México disse, nesta quinta-feira (10), que, neste momento, já não tem como acolher o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, atualmente instalado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. "Por enquanto, após uma conversa telefônica ontem à noite com Zelaya, tudo parece indicar que as chances de esta mudança acontecer ainda não estão vigentes", disse a secretária (ministra) das Relações Exteriores, Patricia Espinosa.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, criticou nesta quinta-feira (10) a rejeição do governo golpista de Honduras de liberar a saída do presidente deposto Manuel Zelaya para o México. “É uma intransigência. Não é assim que se faz democracia e política, mas querer ensinar diplomacia e política a golpistas é muito difícil”, disse.
O governo de fato de Honduras rechaçou, nesta quinta-feira, conceder um salvo-conduto ao presidente constitucional, Manuel Zelaya, para que ele pudesse sair da embaixada brasileira. A autorização havia sido solicitada pelo México, para onde Zelaya viajaria como "hóspede de honra". O governo golpista afirmou que o pedido "foi julgado improcedente" e que o presidente deposto só teria permissão para deixar o país na condição de asilado.
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse, nesta terça-feira (08), que o governante eleito, Porfirio Lobo, não poderá fazer uma boa administração se não chegar a um acordo de governabilidade com os setores envolvidos na crise política vivida pelo país desde o golpe do dia 28 de junho.
Os presidentes do Mercosul ratificaram nesta terça-feira sua "mais enérgica condenação" ao golpe em Honduras e anunciaram seu "pleno desconhecimento" do novo governo eleito em um pleito ilergítimo em 29 de novembro.
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse no domingo (06) que continuará abrigado na embaixada brasileira em Tegucigalpa enquanto o governo brasileiro permitir. Zelaya está no prédio desde setembro, quando voltou clandestinamente do exílio que lhe fora imposto pelos militares no golpe de 28 de junho. O governo de facto promete prendê-lo se ele deixar a embaixada.
Berta Cáceres não aparenta 38 anos, e também não é difícil adivinhar que é mãe de quatro filhos. Menos ainda, uma das dirigentes mais combativas da resistência hondurenha. Mas, logo que começa a falar, a doçura de seu rosto e a amabilidade de seus gestos se perdem no desespero e na frustração do relato. "Estão sendo legalizadas as violações dos direitos humanos, e vão ser tempos difíceis", previu a líder do movimento Feministas em Resistência.
O presidente do Equador, Rafael Correa, advertiu neste sábado (5) a comunidade internacional para a gravidade do precedente de impunidade para o golpe em Honduras. Correa reiterou que seu governo só reconhecerá o legítimo presidente constitucional, Manuel Zelaya.
Apesar de não ter se colocado de maneira firma contra o golpe de Estado e de ter incentivado a realização as eleições ilegítimas, o governo dos Estados Unidos afirmou que está "decepcionado" com a decisão do Congresso de Honduras de rejeitar o retorno ao poder do presidente deposto Manuel Zelaya. A declaração partiu do subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela.
A comunidade internacional, os governos e povos latino-americanos não podem avalizar as eleições imorais e ilegítimas realizadas em Honduras. O governo dos EUA é cúmplice e gestor do golpe de Estado neste país; um golpe perpetrado para subjugar o povo e impor políticas de dominação e saque na região.
Por Adolfo Pérez Esquivel*, em Correio da Cidadania
A democracia hondurenha recebeu, nesta quarta-feira, seu tiro de misericórdia. O Congresso de Honduras rejeitou a restituição do presidente deposto, Manuel Zelaya, ao cargo, ratificando o golpe de Estado. Enquanto apenas 14 apoiaram o chefe de Estado legítimo, outros 111 deputados votaram a favor de uma moção que confirmava a decisão da Suprema Corte hondurenha de depor o presidente. Zelaya, classificou como "vergonhosa" a decisão.
O Congresso de Honduras deve decidir nesta quarta-feira (02) sobre o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya ao poder. Afastado pelo golpe de 28 de junho, Zelaya está abrigado na Embaixada do Brasil desde 21 de setembro. Partidários do líder deposto defenderam nesta terça que ele volte "de forma incondicional" para cumprir quatro anos de mandato na íntegra e exigiram anulação da eleição de domingo, vencida pelo conservador Porfirio Lobo.