Manuel Zelaya, o líder deposto de Honduras, crê que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama, dos Estados Unidos, vêm demonstrando forte liderança na crise hondurenha. Zelaya elogiou em especial as ações mais recentes de Lula e Obama contestando o governo ilegal de Roberto Michelletti, que se instaurou no poder após o golpe do último dia 28 de junho, quando Zelaya teve a residência presidencial invadida por soldados armados e foi obrigado a embarcar de avião para a Costa Rica.
Nesta sexta-feira (04), completam-se 69 dias de resistência ao golpe de Estado em Honduras. Para a ocasião, novas mobilizações ocorrem pelo retorno do presidente constitucional, Manuel Zelaya, e pela reinstalação da ordem democrática no país. Na quarta-feira passada (2), por conta do início das campanhas eleitorais, o Conselho de Ministros e Equipe do Governo Constitucional de Honduras divulgou um comunicado em que rechaça o processo eleitoral.
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, comemorou a decisão anunciada nesta quinta-feira (3) pelo governo norte-americano de suspender todos os programas de auxílio que mantém com seu país, exceto a ajuda humanitária. Em uma breve entrevista que concedeu após sua reunião com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ocorrida em Washington, Zelaya explicou que as novas sanções demonstram que o regime de facto de Roberto Micheletti "está cada vez mais isolado".
O Fundo Monetário Internacional (FMI) outorgou 163,9 milhões de dólares ao governo hondurenho de Roberto Micheletti, supostamente para fortalecer as reservas e injetar liquidez à economia desse país que permanece afundado em uma forte crise política.
O presidente legítimo de Honduras, Manuel Zelaya, conseguiu o apoio da Organização de Estados Americanos (OEA) para não reconhecer as eleições que o governo golpista quer levar a cabo no dia 29 de novembro. A Frente Nacional Contra o Golpe apela ao boicote às eleições e a Comissão de Direitos Humanos responsabiliza os golpistas pela morte de cerca de 100 ativistas e manifestantes.
À medida que se passam os dias vai ficando mais claro que o golpe em Honduras não foi um fato isolado nem provocado pela consulta cidadã convocada pelo presidente Manuel Zelaya.
Por Frida Modak, para a Prensa Latina
Os organismos internacionais pressionaram, mas não teve jeito: o governo provisório de Roberto Micheletti liberou as campanhas publicitárias para as eleições gerais em Honduras, previstas para o próximo dia 29 de novembro.
Por Mario Osava, para a revista Fórum
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya “já não é o mais importante” para um processo de mudanças em Honduras.
Nesta sexta (28), completam-se dois meses do golpe em Honduras. Por isto, a Frente Nacional contra o Golpe – juntamente com cidadãos e organizações nacionais e internacionais – realizará uma mobilização global. A ideia é manifestar o rechaço ao golpe com plantões de protestos nas embaixadas estadunidenses em diversos países do mundo. O presidente deposto, Manuel Zelaya, deve conceder entrevista, hoje, sobre a situaçã de seu país. Enquanto isso, os EUA ainda avaliam novas sanções.
Isolado pelo mundo, o atual presidente de Honduras, Roberto Micheletti, tem ignorado as manifestações internacionais contrárias ao golpe e à sua manutenção no poder. Nesta terça-feira, ele disse à missão de chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) que, em 29 de novembro, "haverá eleições, reconheçam os países do mundo ou não".
Executivos de um canal de televisão e uma rádio que apoiam o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, denunciaram nesta segunda-feira (23) que os dois meios sofreram um atentado na noite de domingo. Por conta dos ataque, as transmissões foram interrompidas.
A ditadura hondurenha pôs, neste domingo, mais uma pedra no caminho da resolução da crise por meios diplomáticos. Às vésperas da chegada de uma missão de chanceleres da Organização dos Estrados Americanos, a Corte Suprema do país centro-americano rechaçou vários pontos da proposta feita pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, no sentido de buscar uma saída institucional ao golpe de Estado. As autoridades alegaram que tais tópicos da proposta se opõem à Legislação local.