A presidenta Dilma Rousseff encaminhou à Comissão Especial do Impeachment um depoimento que foi lido pelo seu advogado de defesa e ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na sessão desta quarta-feira (6). Dilma decidiu não comparecer pessoalmente à sessão.
Em audiência na Comissão Especial do Impeachment, nesta terça-feira (5), o jurista Ricardo Lodi Ribeiro afirmou que não houve participação efetiva ou ação dolosa da presidente Dilma Rousseff nos fatos contidos na denúncia de crime de responsabilidade apresentada no pedido de impeachment.
Com um discurso contundente na comissão especial do impeachment, nesta terça-feira (5), a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) classificou os defensores do impeachment como "hipócritas" e afirmou que a meta fiscal aprovada pelo presidente interino, Michel Temer (PMDB), serviu para "garantir a aprovação do impeachment".
Nesta terça-feira (5), os assistentes de defesa e acusação se juntarão aos três peritos consultores do Senado em uma audiência pública para defenderem oralmente seus entendimentos sobre os documentos analisados e os membros da comissão farão perguntas para tirar as últimas dúvidas sobre essas questões.
Em artigo publicado no Justificando, o advogado e professor de Direito Penal da PUC-Minas, Leonardo Isaac Yarochewsky, reforça que os elementos que levaram a aprovação do pedido de impeachment de Dilma Roussef não sustentam o afastamento definitivo da presidenta eleita que, segundo ele, deve ser absolvida.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-ministro e advogado de defesa da presidenta Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, reforçou que o recente laudo de peritos do Senado mostra a ausência de dolo no episódio dos decretos de créditos suplementares.
Em uma entrevista de dez minutos, o jornalista Mehdi Hasan da rede de televisão internacional Al Jazeera deixou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sem resposta algumas vezes.
Enquanto a população se contorce para entender o que acontece com o país diante da crise político-institucional, o afastamento da Presidenta eleita e a existência de um governo interino, que em um mês e meio de existência já protagonizou recuos de toda natureza.
Por Tânia M. S. Oliveira*, no Empório do Direito
O pemedebista Roberto Requião é um político como poucos no Brasil. Filiado ao PMDB desde o início de sua trajetória política, o parlamentar apimenta suas entrevistas com afirmações irônicas e às vezes jocosas. Mas sem dúvida, a sua principal característica é o discurso franco e de posição firme em defesa da democracia e dos interesses nacionais. Sua trajetória política não deixa dúvida sobre qual lado ele está.
Por Dayane Santos
A confissão de Rose de Freitas de que as pedaladas fiscais não passaram de um pretexto para afastar Dilma Rousseff e empossar o governo provisório de seu patrão Michel Temer ajudou a reforçar a certeza de que o país está diante de um golpe parlamentar e comoveu vozes que até agora nada enxergavam de errado. “Há golpe”, reagiu o colunista Elio Gaspari.
Por Paulo Moreira Leite*, no Brasil 247
Comissão de três gestores do Senado examinaram cuidadosamente as contas da presidenta Dilma Rousseff, encontraram irregularidades – a liberação de créditos sem aval do Congresso – mas não encontraram as famosas "pedaladas" que foram a justificativa jurídica do impeachment.
Por Luis Carlos Bresser-Pereira, pelo Facebook
Em entrevista à rádio Brasil Atual, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) analisou o resultado da perícia realizada por técnicos do Senado sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Baseando-se na lei e nas provas apresentadas pela perícia, a senadora desmontou a tese dos golpistas que usaram os decretos suplementares de crédito para emplacar o pedido de impeachment no Congresso.