Muitas das revoltas populares nos países da América Latina são provenientes da insatisfação popular diante das medidas de governos ultraliberais.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados autorizou, nesta quarta-feira (20), a alteração do nome da Fundação Nacional do Índio, a atual Funai, para “Fundação Nacional dos Povos Indígenas”.
Editado na ultima segunda-feira (4), o decreto prevê a criação de uma força-tarefa para proteger índios e seus territórios e servirá para auxiliar órgãos federais na apuração e punição dos envolvidos no crime de Paulo Paulino Guajajara
A medida cria a Força-Tarefa de Proteção à Vida Indígena (FT-Vida), formada por Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros
O líder indígena Paulo Paulino Guajajara, do grupo denominado Guardiões da Floresta, foi assassinato numa emboscada realizada ontem (1º) na Terra Indígena Arariboia, no município maranhense de Bom Jesus das Selvas. A informação foi confirmada pela Secretaria de Participação e Direitos Humanos do Maranhão.
O líder indígena Paulo Paulino Guajajara, que fazia parte do grupo de agentes florestais indígenas “Guardiões da Floresta” foi morto após emboscada feita por madeireiros nesta sexta-feira (1º), no interior da Terra Indígena Araribóia, região de Bom Jesus das Selvas-MA, entre as aldeias Lagoa Comprida e Jenipapo.
Lideranças indígenas de Roraima – como as da Raposa Serra do Sol – prepararam um dossiê contestando afirmações do governo Jair Bolsonaro (PSL) e do próprio presidente sobre o desenvolvimento de atividades econômicas na região. Na avaliação dos indígenas, “não há argumentos antropológicos ou jurídicos que vinculem o direito pleno à terra indígena a um certo desenvolvimento sociocultural e econômico entre os povos envolvidos”. Somente na Raposa Serra do Sol, há cinco etnias.
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lançou em Brasília, na terça-feira (24), o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – Dados de 2018, com números alarmantes. Somente de janeiro a setembro deste ano, aconteceram 160 “invasões possessórias” de terras indígenas. Em 2018, foram registrados 109 casos desse tipo de violência com exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos. Em 2017. foram 96 casos.
Por Marcos Aurélio Ruy
O líder indígena Raoni e a vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado no Rio de Janeiro, foram indicados nesta quinta-feira (19) pelo Parlamento Europeu ao prêmio Sakharov para a liberdade de consciência. Na lista de candidatos também estão a ambientalista e defensora dos direitos humanos Claudelice Silva dos Santos e o ex-deputado federal Jean Wyllys. Os nomes foram confirmados por vários grupos políticos.
A atividade integrou a programação da II Jornada dos Povos Indígenas e Universidades no Ceará.
O covarde assassinato do cacique Emyra Wajãpi na semana passada é um incidente extremamente grave e traz à tona aspectos muito mais complexos do que a pretensa versão oficial. Os wajãpis estão entre os primeiros habitantes do Amapá e da Guiana Francesa. Descendentes da etnia guaiapi, falam um idioma originado do tupi, são oriundos da região do rio Xingu, de onde saíram por volta do século 18, e se estabeleceram no local onde estão atualmente.
Por Randolfe Rodrigues*
A segunda nota do Conselho das Aldeias Wajãpi, divulgada nesta terça-feira (30), diz que os agentes da Polícia Federal (PF) estiveram no local, mas não permaneceram por muito tempo alegando o difícil acesso na floresta para seguir os rastros dos invasores. “Nós Wajãpi continuamos muito preocupados com os invasores que estão na região Norte da nossa Terra Indígena”, alertaram.
Por Iram Alfaia