A intenção de investimentos da indústria brasileira diminuiu no segundo trimestre deste ano, em meio ao aumento da incerteza tanto interna quanto externa.
Importante polo industrial e de desenvolvimento tecnológico, a Zona Franca de Manaus (ZFM) está na mira dos ajustes do governo federal. O Palácio do Planalto publicou decreto (9.394), no final de maio, com a redução de 20 para 4 por cento os incentivos do Imposto de Produto Industrializado (IPI).
Por Iberê Lopes
A deputada Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, afirmou , através das redes sociais, que um dos seus compromissos centrais é promover a reindustrialização do país, com ênfase na indústria 4.0. “Faremos uma gestão macroeconômica que beneficie a indústria e investiremos pesado em inovação e infraestrutura”, pontuou.
A imposição de cotas pelos Estados Unidos para a importação de aço do Brasil deve reduzir em até 60% as vendas de produtos siderúrgicos para os norte-americanos, a depender da categoria. Os EUA são destino de um terço das exportações brasileiras de aço, que, em 2017, renderam US$ 2,5 bilhões. Segundo Marcelo Toledo, secretário de Formação da Fitmetal, ainda não há estimativas consolidadas, mas a previsão é de que as restrições podem deixar cerca de 300 mil trabalhadores sem emprego.
Em entrevista ao portal T1 Notícias (Tocantins), a pré-candidata do PCdoB à presidência da República, deputada estadual gaúcha, Manuela D’Ávila, afirmou que a crise política só será resolvida com a plena participação popular para que haja uma mudança no modelo desacreditado atualmente.
A produção industrial brasileira caiu 2,4% em janeiro deste ano, na comparação com dezembro, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça (6). A queda, que ocorre após quatro meses de alta, foi a maior desde fevereiro de 2016 e anula boa parte do crescimento acumulado entre setembro e dezembro, que foi de 4,3%. Para Nelson Marconi, economista e professor da FGV, não é possível falar em retomada do setor. E quando a indústria vai mal, é difícil o resto da economia ir bem.
Com a decisão dos Estados Unidos de sobretaxar as exportações de aço e alumínio em 25% e 10%, respectivamente, a indústria brasileira teme perder espaço não só no país norte-americano, mas também no próprio mercado interno.
Diversos veículos de comunicação comemoraram o fato de que a indústria parou de cair e encerrou 2017 estagnada, após três anos seguidos de recuo. Os números, contudo, não ensejam muito otimismo. De acordo com dados do IBGE, a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) caiu para 11,8% e é hoje a menor desde os anos 1950. Nos anos 1980, esse percentual chegou a superar a casa dos 20%.
Após o anúncio do presidente Donald Trump na quinta-feira (1) de impor sobretaxa nas importações de aço e alumínio, a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) reafirmou sua defesa de uma indústria nacional forte, que tenha diretrizes com participação da classe trabalhadora.
Continuidade do crescimento depende do setor, pois alta da agropecuária não deve se repetir. Saída total da crise levará ao menos 2 anos.
Por Dilmalice Nunes
Um dos mais recorrentes discursos empresariais, sobretudo os relacionados à competitividade da economia brasileira, é o da necessidade de se reduzir o chamado “risco Brasil”. A retórica vem na esteira do debate sobre a redução de garantias constitucionais relacionadas à seguridade social e à legislação trabalhista.
Trata-se de repensar o incentivo voltado à promoção de setores, empresas e tecnologias mais avançadas para competir globalmente.
Por Marco Antonio Rocha e Pedro Rossi*