Os tambores da guerra contra o Irã troam fortemente depois do extenso artigo publicado no domingo passado (29) no New York Times pelo jornalista israelense Ronen Bergman. É um dos jornalistas de seu país com maior acesso aos serviços de inteligencia e às altas esferas do governo.
Por Iñigo Sáenz de Ugarte no blog Guerra Eterna
O chefe da missão da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) ao Irã, Herman Nackaerts, disse nesta quarta (1º) que as autoridades iranianas estão dispostas a esclarecer todas as dúvidas e suspeitas sobre a possível natureza militar do programa nuclear. Um grupo de seis peritos passou uma semana no Irã para verificar o programa nuclear desenvolvido no país, mas não inspecionou as usinas nucleares.
Os políticos estadunidenses e israelenses e seus amigos extremistas neoconservadores na Europa Ocidental e nos EUA fazem de tudo para provocar os líderes iranianos a reagirem irracionalmente contra os diferentes ataques terroristas por parte de seus serviços de inteligência.
Autoridades do setor das telecomunicações do Irã inauguraram oficialmente nesta terça (31) o canal HispanTV, a primeira emissora via satélite em idioma espanhol do Oriente Médio, destinada a fortalecer a relação deste país com a América Latina.
Neste artigo Craig Roberts faz um significativo paralelo histórico: o que estamos a testemunhar é uma repetição da política de Washington para com o Japão na década de 1930, que provocou o ataque japonês a Pearl Harbour. Os saldos bancários do Japão no Ocidente foram apreendidos e o acesso do Japão a petróleo e matérias-primas foi restringido. O objectivo era prevenir ou retardar a ascensão do Japão. O resultado foi a guerra.
Publicado no Odiario.info
Se aquela patética coleção de poodles europeus – que o analista Chris Floyd chama deliciosamente de Europuppies – conhecessem alguma coisa da cultura persa, saberiam que a volta do chicote da guerra econômica, que declararam sob a forma de embargo ao petróleo do Irã, não tardaria e viria dura como rock-pauleira.
Por Pepe Escobar, no Asia Times Online
As condições geopolíticas da região – incluindo aí todo o Oriente Médio e áreas adjacentes – mudam a cada dia ( em parte em função das revoltas populares em curso ), com conseqüências que só podemos com dificuldade avaliar. Contudo, o risco de uma crise que escale em proporções militares generalizadas é real. De certo ponto de vista a guerra já começou, num estilo novo, de guerra “encoberta e psicológica".
Francisco Carlos Teixeira da Silva (*)
O Partido Comunista Português, através do seu comitê de imprensa, divulgou nesta sexta-feira (27) uma nota da sua direção onde manifesta a sua profunda preocupação face à escalada rumo ao conflito que EUA, União Europeia e várias potências da OTAN desenvolvem contra o Irã.
Nesta sexta-feira (27), o jornal Folha de S. Paulo anuncia que o Irã negou ter criticado a diplomacia do governo Dilma, tal como publicado pelo jornal na última segunda-feira (23). Na ocasião, foi publicada uma entrevista com o porta-voz do presidente Mahmoud Ahmadinejad, Ali Akbar Javanfekr. Ele teria dito que a presidente Dilma Rousseff dá menos ênfase à relação com Teerã que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Irã está disposto a iniciar negociações nucleares com as grandes potências, ao contrário do que indicam os países ocidentais, afirmou nesta quinta-feira (26) o presidente Mahmoud Ahmadinejad, que minimizou o impacto das novas sanções econômicas adotadas contra Teerã.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez um alerta hoje (25) de que o aumento da tensão no Irã poderá ocasionar um novo choque de petróleo, com consequências negativas para a economia mundial.
Não são só as vastas reservas de energia e recursos naturais do Irã que atiçam a cobiça dos dirigentes dos países economicamente impotentes da União Europeia, assim como do líder deles todos, os Estados Unidos. Sabemos que foi sempre essa cobiça, de mãos dadas com a debilidade econômica, que esteve por trás das guerras ilegais dos últimos vinte anos, a mais recente das quais a da Líbia.
Por Anna Malm*