O ex-general do Exército egípcio, Abdel Fatah al-Sisi garantiu, nesta segunda-feira (5), que “não haverá, no Egito, algo chamado Irmandade Muçulmana”, caso ganhe as eleições presidenciais, no final deste mês. O movimento vem sendo perseguido desde que Sisi liderou a destituição do ex-presidente Mursi, cujo Partido da Justiça e Liberdade era filiado à Irmandade, em julho de 2013, um ano após a sua eleição.
O Tribunal Penal do Cairo sentenciou neste sábado (03) 102 seguidores da Irmandade Muçulmana a dez anos de prisão por participar de atos de violência e assassinatos em julho do ano passado, informou a agência estatal de notícias Mena.
Um tribunal egípcio condenou à morte 683 supostos membros da Irmandade Muçulmana, incluindo o líder supremo do grupo, Muhammad Badie. É a segunda condenação em massa deste tipo emitida pelo Judiciário egípcio. Em março, outros 529 islamitas já haviam sido sentenciados à morte por seu envolvimento com a organização do presidente deposto Mohammed Mursi, afastado e preso pelo Exército do Egito em julho de 2013.
Uma coalizão liderada pela Irmandade Muçulmana no Egito anunciou que pretende entrar em diálogos com o governo interino do país, para colocar um fim ao impasse político atual, de acordo com a agência de notícias Associated Press, em matéria deste domingo (17).
O julgamento do ex-presidente do Egito, Mohammed Mursi, deposto pelo Exército em julho, foi adiado para 8 de janeiro de 2014, em sessão judicial desta segunda-feira (4). A sessão, realizada em uma Academia de Polícia do Cairo, capital egípcia, foi suspensa duas vezes, como consequência dos protestos de simpatizantes da Irmandade Muçulmana, à qual Mursi faz parte.
O portal iraniano HispanTV publicou um artigo do jornalista e cientista político Raul Gudarzi, nesta semana, sobre o atual contexto no Egito, o papel do Exército e o da Irmandade Muçulmana no país, sobretudo após a destituição do presidente Mohammed Mursi, em julho. Gudarzi vive em Teerã, capital persa, e escreve regularmente para a HispanTV, alinhada com as orientações da Revolução Islâmica (1979), no Irã, que derrubou um regime monárquico aliado aos EUA. Leia a íntegra do artigo.
A alta representante da União Europeia (UE) para as Relações Exteriores e Política de Segurança, Catherine Ashton, que está de visita ao Egito, reuniu-se nesta quarta-feira (2) com o ministro das Relações Exteriores egípcio, Nabil Fahmi, e os representantes de diversos grupos do país. As conversas não focaram na situação política do país, segundo a chancelaria do país africano.
Uma corte do Cairo (capital egípcia) emitiu ordem, nesta segunda-feira (23), que proíbe todas as atividades da Irmandade Muçulmana no Egito. A ordem prevê também o confisco de todas as propriedades da Irmandade e de qualquer instituição afiliada ao grupo transnacional. A medida é implementada quase três meses depois da destituição do presidente Mohammed Mursi (cujo Partido Liberdade e Justiça é filiado à Irmandade) pelo Exército egípcio, e no contexto da detenção de vários líderes do grupo.
Dezenas de milhares de egípcios saíram às ruas nesta quarta-feira (3), quando terminou o controverso ultimato emitido pelo exército para que o governo do presidente Mohammed Mursi achasse uma solução política para a crise no país; o presidente afirmou que manterá o seu governo mesmo que isso lhe custe a vida. Os egípcios preparam-se para ouvir as declarações do exército a qualquer momento, ainda nesta quarta.
Uma contagem regressiva já começou no Egito. Dia 30 de junho, a Irmandade Muçulmana comemora um ano de presidência de Mohamed Mursi. O resto dos egípcios se comprometeu com uma grande manifestação popular de rua pela queda do mesmo. O resultado previsto é uma confrontação certa.
Por Assad Frangieh*, no Oriente Mídia
O presidente egípcio Mohamed Mursi advertiu que adotará medidas drásticas contra quem alimentar a violência no país, em uma publicação em sua conta de Twitter, nesta segunda-feira (25). A advertência foi feita durante o encontro da Iniciativa para os Direitos e as Liberdades da Mulher Egípcia, horas depois de violentos distúrbios em frente à sede da Irmandade Muçulmana.
Entidades opositoras egípcias convocaram para esta sexta-feira (22) uma manifestação em frente à sede da Irmandade Muçulmana para condenar alegadas agressões de membros dessa organização contra a Polícia e entidades laicas. A dissolução do Governo e a formação de um gabinete diverso, a anulação da Constituição e a remoção do Fiscal General estão também entre as reivindicações dos opositores.