O processo de exumação do corpo do presidente João Goulart (1919-1976), o Jango, começou por volta das 7h30 desta quarta-feira (13) no cemitério da cidade gaúcha de São Borja, na fronteira com a Argentina.
O corpo do ex-presidente da República, João Goulart (1919-1976), será exumado nesta quarta-feira (13). Os restos mortais serão periciados para investigar se o presidente deposto pelo Golpe Militar de 1964 foi vítima de um ataque cardíaco ou foi assassinado. Na quinta-feira (14), o corpo chegará a Brasília, onde, como informou o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), será recebido com honras de Chefe de Estado.
“Essa história não se resume à exumação”, ressalva Christopher Goulart. Advogado e secretário-adjunto de Assistência de Social de Porto Alegre, Christopher está animado: faltam apenas dois dias para que os restos mortais de seu avô, João Goulart, sejam retirados da sepultura – e do esquecimento – em que se encontram, na pequena São Borja, cidade a oeste do Rio Grande do Sul.
O governo criou um grupo de trabalho no âmbito da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para providenciar a exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart e a realização de exames e atividades periciais. A exumação ocorrerá na próxima quarta-feira (13).
A família do presidente João Goulart informou nesta sexta-feira (25), em Porto Alegre (RS), antes de uma reunião com lideranças partidárias que conheceram maiores detalhes da investigação sobre morte do ex-presidente, que a exumação do corpo, que ocorrerá no dia 13 de novembro, na cidade de São Borja, terá a participação de um perito cubano que trabalhou na exumação do revolucionário Ernesto Che Guevara, por indicação dos familiares.
Os restos mortais do presidente João Goulart (1919-1976) terão "honras de chefe de Estado" durante o transporte a Brasília para uma análise que deve ocorrer ainda neste ano, afirmou nesta segunda (2) a ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário.
João Goulart morreu no exílio, cercado pelas ditaduras do Brasil, do Uruguai e da Argentina. Deposto em 1964, Jango teve de deixar o país e rumar a Montevidéu. Em território uruguaio, os militares interromperiam a democracia nove anos depois. Já em Buenos Aires, viu companheiros políticos serem assassinados pela Operação Condor, aliança repressiva que já sobrevoava o cone-sul do continente.
Quase 50 anos após o golpe militar de 1964, que tirou João Goulart do poder, o ex-presidente retornará para Brasília. Os restos mortais de Jango, que serão exumados do mausoléu da família, em São Borja (RS), serão periciados na capital federal, no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.
O outro lado da história do golpe cívico-militar de 1964 vai aos cinemas brasileiros no dia 5 de julho de 2013: o filme Dossiê Jango, dirigido por Paulo Henrique Fontenelle. Vem bem a calhar nestes dias onde o fantasma de mais um golpe da direita ronda o cenário político brasileiro.
Por José Carlos Ruy
A Comissão Nacional da Verdade realizou nesta segunda-feira (18), no Rio Grande do Sul, sua primeira audiência pública de 2013 — a décima segunda desde sua criação. A Comissão colheu 14 relatos de familiares e de presos políticos que sofreram torturas físicas e psicológicas nos porões da repressão gaúchos.
Aos 34 anos do falecimento do ex-presidente brasileiro João Goulart, surgem novos indícios de sua suspeita morte que podem derivar em uma denúncia penal no Uruguai para que se indague sobre a existência de uma conspiração da qual participaram repressores brasileiros, militares uruguaios e agentes da CIA norte-americana. Quinze testemunhas que desconfiavam de seu assassinato faleceram consecutivamente de ataque cardíaco.
Por Roger Rodriguez*
O Japão manifestou preocupação com o acentuado aumento recente verificado na compra de títulos da dívida japonesa (JGB, na sigla em inglês) por parte da China, na mais recente de uma série de notas amargas num relacionamento tradicionalmente tenso, por cuja estabilização os dois lados se empenharam a duras penas.